A Comissão Liquidatária da empresa Correios de Moçambique, liderada pelo Instituto de Gestão de Participações do Estado (IGEPE), assegura que a Correios de Moçambique, E.P – Em Liquidação continuará a honrar todos os seus compromissos assumidos pelo Conselho de Administração cessante.
Em comunicado publicado há dias, o IGEPE refere-se a obrigações contratuais e compromissos com os trabalhadores, clientes, instituições judiciais, parceiros e organismos nacionais e internacionais legalmente válidos até à data da liquidação da empresa, desde que tenham sido assumidos no âmbito das competências do Conselho de Administração cessante.
A empresa Correios de Moçambique está em liquidação, após ser extinta pelo Governo através do Decreto nº 32/2021, de 31 de Maio. Norteou a extinção da empresa, segundo o Governo, o facto de ao longo dos anos não ter ajustado o seu objecto e modelo de negócio à realidade actual e, como consequência, ficou ultrapassada. A empresa estava numa situação financeira difícil, de tal modo que não conseguia financiar os custos do seu funcionamento.
O processo de liquidação em curso visa alienar-se parte do património da empresa ao sector privado para, assim, o IGEPE obter um encaixe financeiro para o Estado.
A liquidação da empresa Correios de Moçambique enquadra-se no processo de reestruturação de quatro empresas públicas, iniciada em Março último pelo Governo, através do IGEPE, nomeadamente, Empresa Moçambicana de Seguros (EMOSE), Sociedade de Gestão Imobiliária (Domus) e Silos Terminal Graneleiro da Matola (STEMA), cujo património é avaliado em 7 mil milhões de Meticais. (Evaristo Chilingue)