A crise pandémica continua a devastar o tecido empresarial nacional. Como consequência, a maioria dos gestores empresariais continuam sem confiança de bom fluxo dos seus negócios no futuro.
Estudo publicado esta semana, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), revela que de 89.3 mil empresas envolvidas em todo o país, 80.7 mil foram afectadas pela crise provocada pela Covid-19 e, dessas, 33.3 mil empresas esperam que o volume de negócios continue a diminuir em Julho, Agosto e Setembro de 2020. Do total das empresas afectadas, 24.4 mil esperam que o volume mantenha, enquanto apenas 22.9 mil empresas acreditam em dias melhores no futuro.
Se em relação ao volume de negócios, a maioria da classe empresarial é menos optimista sobre o futuro, tal não acontece no que respeita à manutenção dos trabalhadores. Mesmo com a crise, a maioria das empresas, 56.8 mil, acredita que vai manter os postos de trabalhos dos seus empregados. Poucas empresas, 5.3 mil, admitem recrutar e aumentar o pessoal e apenas 18.5 mil empresas prevêem diminuir o número de trabalhadores.
No que tange à procura de bens e serviços, o estudo concluiu que grande parte das empresas, 32 mil, prevê que continue a declinar, 26 mil empresas acreditam que o ritmo vai manter, enquanto apenas 22.5 mil empresas são optimistas sobre o futuro.
Por causa da crise provocada pela Covid-19, poucas empresas, apenas 12 mil, avançam que os preços de bens e serviços vão futuramente disparar, enquanto 12.6 mil empresas pensam que vão diminuir e a maioria, 55.9 mil empresas, prevê manutenção.
Lembre-se que, além de reportar prejuízos de facturação, avaliados em quase 8 mil milhões de Meticais, afectadas pela pandemia, as 80.7 mil empresas colocaram em causa emprego de 3.3 milhões de trabalhadores, alguns dispensados, outros em suspensão de contratos, entre outros impactos.
O INE prevê realizar um inquérito, por amostragem, para acompanhamento das empresas afectadas, entre Junho e Julho de 2021. (Evaristo Chilingue)