O Atelier Filosófico será coordenado pelo filósofo Severino Ngoenha e terá como orador Milton Correia.
A conversa será sobre a Conferência das Organizações Nacionalistas das Colónias Portuguesas (CONCP), uma organização de coordenação e cooperação entre os movimentos de libertação nacional das colónias portuguesas em África durante a Guerra Colonial Portuguesa.
Fizeram parte da CONCP a UDENAMO, mais tarde substituída pela FRELIMO, de Moçambique, o PAIGC, em representação da Guiné e Cabo Verde, o MPLA, por Angola, o MLSTP, por São Tomé e Príncipe. A iniciativa contou também com uma significativa delegação de nacionalistas indianos de Goa.
(12 de Julho, às 18:00 horas na Fundação Fernando Leite Couto)
O Moza Banco foi distinguido como o “Banco do Conteúdo Local”, em reconhecimento do impacto que os seus produtos e serviços têm ao nível das comunidades em todo o país. Contribuiu para a eleição, o facto de o Moza ser o banco que, à luz do programa governamental “Um distrito, Um banco”, mais abriu balcões nas regiões rurais moçambicanas.
O prémio foi atribuído pela Mozambique Energy Intelligence Limitada (MEI), no âmbito da 1ª edição do “Enermina Awards”, também conhecido como Prémio de Conteúdo Local. Com a iniciativa pretende-se identificar, divulgar e reconhecer acções de impacto construtivo levadas a cabo pelos vários agentes de Conteúdo Local nos sectores da energia, mineração, agricultura e ambiente, em Moçambique.
O galardão foi entregue recentemente, em Maputo, ao Presidente da Comissão Executiva (PCE) do Moza Banco, Manuel Soares, pelos representantes da entidade premiadora, com o testemunho de dezenas de colaboradores do banco e outros inúmeros convidados.
O Director da MEI, Momade Mucanheia, endereçou, na ocasião, palavras de incentivo ao Moza Banco, apelando à manutenção permanente da qualidade dos seus produtos e serviços e a aposta na expansão da sua rede.
“Com mais de 1600 pontos contabilizados no quadro do seu impacto nas acções de responsabilidade social e industrial, o Moza demonstrou compromisso e interesse em apoiar acções construtivas ao serviço da comunidade. Apelamos apenas que mantenha esse espírito e inspire outras instituições”, acrescentou Momade Mucanheia.
Já o PCE do Moza Banco afirmou, por seu turno, que o mérito é de todos os colaboradores. “Só com a dedicação individual e colectiva de todos os colaboradores é que continuamos a crescer e a reafirmar a nossa presença no mercado, enquanto banco genuinamente moçambicano. Queremos que o nosso DNA esteja espelhado na vontade de estar cada vez mais perto das comunidades e de cada família moçambicana. No geral, queremos sempre Fazer Acontecer”, disse.
O reconhecimento da Mozambique Energy Intelligence catalisa a vontade do Moza em continuar a crescer e abranger cada vez mais a população moçambicana, sendo, deste modo, o principal dinamizador do processo de inclusão financeira em Moçambique.(Carta)
As famílias enlutadas que perderam os seus entes queridos durante o vazamento de gás mortal no assentamento informal de Angelo em Boksburg pedem ajuda para transportar os corpos para os seus países de origem. Dos dezassete mortos, dezasseis são de Moçambique e Zimbabwe, enquanto um era sul-africano. As famílias reclamam que estão a ser cobradas entre R8.000 e R15.000 para transportar os corpos dos seus parentes para Moçambique e Zimbabwe.
A questão da falta de fundos foi apresentada durante a visita esta terça-feira (11), da líder da Aliança Democrática (DA) em Gauteng, Solly Msimanga. Na semana passada, 17 pessoas morreram quando uma botija de gás foi aberta no assentamento informal de Boksburg.
Apenas um dos mortos, Syfred Sebyeng, de 56 anos de idade, era sul-africano. O corpo de Sebyeng já foi transportado para a sua casa em Bochum, no Limpopo.
A moçambicana Judite Manhiça perdeu seis familiares e disse que estava desesperada por ajuda. Os membros da sua família mortos na tragédia incluem o seu filho Samito Manhiça de 19 anos de idade e a nora Naira Manhiça de 20 anos. Outros parentes que morreram são: Jeremias Chivuri, de 34 anos de idade, Benedito Chivuri de 24 anos, Bonifácio Chivuri de 18 anos e Lázaro Mondlane de 36 anos de idade.
"Minha mente está perdida. Não consigo comer e dormir. Penso muito. Faço-me muitas perguntas e não encontro resposta. Porque eu? Porque isso aconteceu comigo?" questionou Manhiça.
"Fui cobrada entre R8 000 e R15 000 por corpo. Estou desempregada." Manhiça disse que os seus familiares estão todos desempregados.
Patrick Manganye perdeu quatro entes queridos: a sua esposa, Clesta Ndlovu, de 29 anos de idade, o filho Lenmore Ndlovu, de 4 anos, o cunhado Siziwe Dube de 20 anos e a filha de Dube, Thembelihle Dube de 3 anos de idade. Eles eram todos do Zimbabwe.
″Os agentes funerários com quem falamos pedem entre R8 000 e R15 000 para transportar cada corpo. Não temos fundos para transportar os corpos. Estamos desesperados. Estamos implorando para que alguém nos ajude", disse Manganye.
"Naquele dia fatídico, eu tinha chegado do trabalho quando a minha esposa se queixou de um cheiro forte. Saí pensando que vinha do lixo do vizinho. Ao abrir a porta, uma mulher caiu perto do nosso portão. Corri para a rua para ajudá-la. Eu pensei que ela tinha sido atacada. Enquanto eu me ajoelhava perto dela, tentando falar com ela, um homem veio e caiu perto dela. Eu me virei e vi minha esposa caindo. Perto [dela], estavam Lenmore e Thembelhle, que também caíram no chão. Eles ficaram inanimados", disse Manganye.
As pessoas sentiram cheiro de ovo podre, tentaram perceber de onde vinha, mas de repente começaram a entrar em colapso.
"Liguei para os parentes de Ndlovu que moram no nosso quintal para ajudar a levá-los para dentro de casa. Isso é tudo de que me lembro. Acordei na outra parte do assentamento informal onde as pessoas me forçaram a beber leite. Desmaiei novamente e acordei em [Tambo Memorial] hospital."
Lá ele foi informado de que a sua esposa, o filho, o cunhado e seu filho haviam morrido.
"Aquele gás foi mortal. Eles morreram instantaneamente após cair no chão. Tenho sorte de estar vivo. As suas famílias em Gwanda, no Zimbabwe, estão a comunicar-se comigo. Eles estão à espera para enterrar os seus corpos", disse Manganye.
"Não tenho dinheiro. Não sei onde conseguirei tanto dinheiro para transportar os seus corpos. Estou implorando pela ajuda de nosso governo."
O líder da Aliança Democrática (DA) em Gauteng, Solly Msimanga, prometeu que iria intervir e ajudar no repatriamento dos 16 corpos.
"Não podemos ter pessoas em morgues para sempre sem obter respostas. O governo tem a responsabilidade de oferecer enterros para aqueles que não podem pagar por eles. Vamos nos envolver primeiro com as vossas embaixadas. Senão, vamos perguntar ao Perfeito (Ekurhuleni) para usar fundos [discricionários] para ajudar.
"Pode haver pessoas que vão reclamar que eles [os falecidos] são estrangeiros ilegais. O facto é que pessoas morreram no nosso país. Não podemos jogá-los fora. Precisamos fazer o que precisa ser feito. O que aconteceu aqui é triste", disse Msimanga.
"A explicação que recebi é horrível. Precisamos ajudar essas famílias a encontrar um desfecho. Também é preciso encontrar aconselhamento. O humanismo está faltando aqui. Ninguém se importa em aconselhar as famílias. Vamos escrever para as embaixadas de Moçambique e Zimbabwe para encontrar formas de ajudar."
As autoridades sul-africanas dizem que a mineração ilegal levou ao vazamento de gás em Boksburg. (News24)
O Instituto Nacional de Estatística (INE) reporta que o custo de vida caiu em Junho passado em relação ao mês anterior devido ao fenómeno de queda generalizada de preços (deflação) de serviços e bens verificado durante o mês. Contudo, em comparação com Junho de 2022, a Autoridade diz que o custo de vida subiu.
“Os dados recolhidos em Junho último, nas Cidades de Maputo, Beira, Nampula, Quelimane, Tete, Chimoio, Xai-Xai e Província de Inhambane, quando comparados com os do mês anterior, indicam que o País registou uma deflação na ordem de 0,58%. A divisão de Alimentação e bebidas não alcoólicas destacou-se, ao contribuir no total da variação mensal com cerca de 0,69 pontos percentuais (pp) negativos”, lê-se num comunicado divulgado esta semana.
Analisando a variação mensal por produto, o INE destaca a queda dos preços do tomate (8,1%), do peixe seco (2,3%), da alface (11,9%), do coco (5,3%), do repolho (12,9%), da couve (4,5%) e do carapau (1,0%), por terem contribuído no total da variação mensal com cerca de 0,67pp positivos. No entanto, a fonte constatou que alguns produtos com destaque para a cebola (4,2%), o gasóleo (2,6%), as capulanas (0,9%), as comunicações de rede fixa e móvel (10,3%), a lenha (8,4%), o milho em grão (1,2%) e a galinha viva (0,8%), contrariaram a tendência de queda de preços, ao contribuírem com cerca de 0,15pp positivos no total da variação mensal.
“Os dados do mês em análise, quando comparados com os de igual período de 2022, indicam que o País registou um aumento de preços na ordem de 6,81%. As divisões de Bens e Serviços diversos, de Educação e de Transportes, foram as que tiveram maior aumento de preços ao variarem com 17,93%, 14,14% e 10,20%, respectivamente”, lê-se na nota.
Cálculos feitos pela Autoridade Estatística Nacional concluíram que, durante o primeiro semestre do ano em curso, o país registou um aumento de preços na ordem de 2,57%, influenciado pelas divisões de Alimentação e bebidas não alcoólicas, de Transportes e de Restaurantes, hotéis, cafés e similares, que registaram maior aumento de preços ao contribuírem com 1,35pp, 0,31pp e 0,21pp positivos, respectivamente.
Analisando a variação mensal pelos centros de recolha, o INE constatou que, em Junho findo, todos os locais tiveram uma deflação. A Província de Inhambane destacou-se com a queda de 1,66%, seguida das Cidades de Quelimane com 1,24%, Chimoio com 0,71%, de Maputo com 0,42%, de Tete com 0,27%, Nampula com 0,19%, da Beira com 0,19% e de Xai-Xai com 0,12%. (Carta)
Desde a semana passada, as forças moçambicanas e sul-africanas, com auxílio da força local, tentam desactivar bases terroristas no triângulo Muidumbe, Mocímboa da Praia e Macomia, onde, até esta terça-feira (11), se ouviam estrondos de armas pesadas.
No entanto, no caso particular de Macomia, alguns relatos indicam que grupos terroristas continuam a circular em aldeias dos postos administrativos de Mucojo e Quiterajo, não obstante as operações naquele distrito, onde as FDS e seus parceiros estrangeiros acreditam haver algumas bases.
Fontes contaram à "Carta" que no domingo (09), por exemplo, dois grupos terroristas passaram pela aldeia Ilala, no posto administrativo de Quiterajo, e encontraram-se com populares que saíam a pé, da aldeia Mitacata com destino a Mucojo-sede, mas não protagonizaram actos de violência e nem ameaça.
Segundo explicaram os terroristas aos civis, a sua luta é contra as Forças de Defesa e Segurança moçambicanas e seus aliados.
Na segunda-feira, de acordo com as mesmas fontes, um outro grupo terrorista escalou mais uma vez a sede da localidade Pangane, no posto administrativo de Mucojo, onde além de manter conversa com os populares, comprou diversos produtos alimentares. (Carta)
A empresa Águas da Região Metropolitana de Maputo (AdRMM) está a realizar a manutenção dos órgãos hidráulicos na Estação de Tratamento (ETA) do Umbeluzi e centros distribuidores como forma de garantir a qualidade da água. A manutenção poderá condicionar o abastecimento de água nas cidades de Maputo e Matola e na vila de Boane.
De acordo com a AdRMM, o trabalho teve início nesta terça-feira e consiste na lavagem e desinfecção das infra-estruturas, com o fim previsto para princípios do mês de Setembro. Entretanto, a empresa recomenda aos consumidores para o uso racional de água nos próximos dias e a lavagem dos seus depósitos antes do enchimento.
Um comunicado da AdRMM diz ainda que a distribuição de água que normalmente ocorre em 18 horas por dia poderá registar situações de redução para 14 a 16 horas, facto que poderá afectar cerca de vinte mil clientes abastecidos pela estação de tratamento de água de Umbeluzi, na Região Metropolitana de Maputo. (Carta)
O Posto Administrativo de Mafambisse, distrito de Dondo, província de Sofala, irá testemunhar, no próximo dia 20 de Julho(uma quinta-feira), a eleição dos novos órgãos sociais do Sindicato Nacional de Jornalistas, a mais antiga organização sócio-profissional
Para o cargo, concorrem três destacados jornalistas, nomeadamente Faruco Sadique, antigo PCA da Televisão de Moçambique e Rádio Moçambique; Delfina Mugabe, jornalista reformada da Sociedade do Notícias; e Alexandre Chiúre, jornalista do Diário de Moçambique. O escrutínio terá lugar durante a realização da VII Conferência Nacional da organização, que decorre entre os dias 19 e 20 de Julho corrente.
“Carta” consultou os três manifestos eleitorais, cujo denominador comum é tornar o Sindicato Nacional de Jornalistas (SNJ) numa organização dinâmica, transparente e abrangente, num contexto em que a organização é vista como propriedade dos órgãos de comunicação social do sector público e dos jornalistas em idade de reforma.
Resgatar e colocar o SNJ no seu verdadeiro lugar – Faruco Sadique
Numa lista dominada por jornalistas com mais de 20 anos de experiência e pertencentes aos órgãos de comunicação social do sector público, Faruco Sadique promete “resgatar e recolocar” o SNJ no seu “verdadeiro lugar, trazendo de volta os membros ao seu Sindicato”.
Considerado fruto da actual Direcção do Gabinete de Informação (GABINFO), Sadique defende que a organização se transformou, nos últimos anos, numa entidade estranha aos próprios jornalistas, pelo que estes “se revêem cada vez menos no seu próprio Sindicato”.
O antigo PCA da RM e TVM propõe-se também a identificar e implementar formas de interessar os jovens jornalistas a filiarem-se à organização, visto que estes desconhecem a existência, competências e atribuições do SNJ, “actuando muitas vezes ao arrepio das mais elementares regras éticas e deontológicas da profissão”.
“O grosso dos jornalistas moçambicanos deixou praticamente de pagar as suas quotas, à excepção dos que trabalham para órgãos de comunicação social maioritariamente públic
Das 13 propostas de acções apresentadas no manifesto de Faruco Sadique, destaca-se também a aceleração do projecto da Carteira Profissional do Jornalista, em discussão há mais de 10 anos, mas que nunca saiu do papel.
Criar bases para o exercício pleno da liberdade de imprensa – Delfina Mugabe
Por sua vez, a antiga Directora-Adjunta do Jornal Notícias, o mais antigo matutino do país, Delfina Mugabe, propõe-se a criar bases para o exercício pleno da liberdade de imprensa no país; garantir a assistência jurídica aos jornalistas e quadros de produção; e intervir, sempre que necessário, em defesa da classe.
Mugabe, que integra a equipa liderada Eduardo Constantino, que gere o SNJ ilegalmente há seis anos, promete ainda eliminar os contratos de trabalho precários; o exercício da profissão sem contratos; negociar a criação de uma carreira profissional comum para jornalistas e progressão periódica destes; e incentivar a cultura do seguro de vida e/ou de viagem de serviço para os jornalistas e quadros de produção.
Sendo a primeira mulher a concorrer para o cargo de Secretária-Geral, 45 anos depois da criação da organização, Delfina Mugabe defende que a sua direcção vai incentivar políticas de género nas empresas de comunicação social e capacitar os jornalistas moçambicanos para que, no exercício da sua profissão, seja considerada, sempre, a perspectiva de género. Igualmente, vai privilegiar o pluralismo de ideias no seio da organização, “promovendo a alternância na gestão sindical, envolvendo homens, mulheres e jovens profissionais, para que o SNJ seja cada vez mais forte em todo o país”.
“Esperamos que, nos próximos cinco anos, tenhamos um Sindicado Nacional de Jornalistas digno, abrangente e respeitado por todos e que representa os interesses da classe, quer no sector público quer privado, em todos os níveis”, defende Delfina Mugabe, neste momento reformada.
Sendo uma candidata da continuidade, Mugabe enfrenta diversos questionamentos públicos, em particular sobre o seu papel no actual cenário do SNJ, caracterizado por altos níveis de falta de transparência. Vários jornalistas questionam ainda o papel de Delfina Mugabe na transformação do SNJ em propriedade privada.
Negociar salário mínimo para jornalistas – Alexandre Chiúre
O jornalista Alexandre Chiúre também promete dialogar com entidades patronais para acabarem com casos de jornalistas que trabalham sem contrato de trabalho, assim como negociar o salário mínimo para jornalistas e melhores condições de trabalho.
Chiúre promete também negociar a uniformização da carreira profissional para jornalistas, resolver o problema da progressão de jornalistas nas carreiras profissionais estagnadas e estabelecer como obrigatório o pagamento de seguro de vida para jornalistas em viagens de serviço por parte do patronato.
No seu manifesto, Alexandre Chiúre garante que, pela primeira vez, o SNJ poderá contar com jornalistas que trabalham nas delegações provinciais a integrar os órgãos sociais da organização. Igualmente, afirma que a sua candidatura é apoiada pelas diferentes associações de jornalistas, nomeadamente de Mulheres Jornalistas, de Imprensa Desportiva, Parlamentares e Ambientais.
“A nossa candidatura apresenta como principal promessa à classe jornalística nacional o trabalho. É preciso trabalhar arduamente para que o SNJ volte a ser aquele que foi no passado. Um sindicato credível, que representa condignamente os seus membros. Um sindicato presente em todos os momentos em defesa de jornalistas”, defende Chiúre, cuja lista também é dominada por jornalistas de órgãos de comunicação do sector público.
Refira-se que, nas eleições do próximo dia 20 de Julho, votam apenas os membros da organização com quotas em dia. Grande parte dos membros, sublinhe-se, são trabalhadores dos órgãos de comunicação social do sector público. A Comissão Eleitoral, por sua vez, é constituída por Rafael Shikani, Mouzinho Nichols, Reginaldo Chilengue e uma quarta pessoa que se juntará ao grupo na conferência, como escrutinadora. (Carta)
No primeiro trimestre de 2023, o stock total da dívida posicionou-se em 940.6 mil milhões (ou biliões) de Meticais, representando um incremento de 16.6 mil milhões de Meticais (2%) em relação ao quarto trimestre de 2022. Dois factores concorreram para o aumento da dívida. Por um lado, o Governo endividou-se para pagar outras dívidas e, por outro, fez empréstimos para pagar a despesa pública, com destaque para a de funcionamento (salários e remunerações).
Os dados constam do Relatório da Dívida Pública referente ao primeiro trimestre de 2022 publicado há dias pelo Ministério da Economia e Finanças (MEF). De acordo com o documento, dados desagregados no período em referência, o stock da dívida pública externa posicionou-se em 9.9 mil milhões de USD, sendo 5 mil milhões de USD (50%) referentes aos credores multilaterais, 4 mil milhões de USD (41%) aos bilaterais e os restantes 900,00 milhões de USD ao título soberano (EMATUM 2032). Comparativamente ao quarto trimestre de 2022, o MEF refere que se verificou uma ligeira redução de 133,70 milhões de USD (1,21 %), justificado pelo fraco desembolso por parte de alguns credores bilaterais.
À semelhança do período anterior, o Relatório da Dívida refere que os credores multilaterais com maior peso no stock da dívida mantiveram-se inalteráveis com destaque para o Banco Mundial (30%), Fundo Africano de Desenvolvimento (9%,) e MOZAM (relacionada com as dívidas ocultas) (9%), ocupando as primeiras três posições e os restantes credores apresentaram valores percentuais abaixo dos 6%. Relativamente aos credores bilaterais, a fonte refere que a China, Portugal e Japão mantiveram também as suas posições em termos de peso, continuando o stock da dívida junto destes países a representar 16%, 5% e 4%, respectivamente.
“No período em análise, o valor total do serviço da dívida pública externa situou-se em 213,23 milhões de dólares, sendo 146,09 milhões de dólares correspondentes à amortização do Capital e 66,59 milhões de dólares ao pagamento de Juros, o que representa uma redução de 64% (377,28 milhões de dólares), em relação ao IV trimestre de 2022, e um incremento nominal de 71,27 milhões de dólares, o correspondente a uma variação de 50.2% em relação ao período homólogo”, lê-se no informe trimestral sobre dívida pública.
Já o stock da dívida pública interna no primeiro trimestre de 2023 situou-se em 306.5 mil milhões de Meticais (pouco mais de 4 mil milhões de USD) dos quais 151 milhões mil de meticais (49%) relativos a OT´s, (Financiamento ao Orçamento do Estado e Reestruturação e Consolidação), 74.4 mil milhões de Meticais (24%) a BT´s e 82.9 mil milhões de Meticais (27%) referentes a outros componentes (Banco Central, Reestruturação e Consolidação e Financiamento Bancário).
Comparativamente ao quarto trimestre de 2022, a nossa fonte reporta que o stock da dívida interna teve um crescimento de 9%, o correspondente a 25,08 mil milhões de Meticais, impulsionado pelo reembolso ou amortização do Capital e Juros do Banco Central e leasings, bem como da regularização do valor de 37.5 mil milhões de Meticais referentes ao capital da dívida externa pago por lapso via adiantamento de fundo.
“No período em análise, o valor total do serviço da dívida pública interna situou-se em 14.053,63 milhões de Meticais, sendo 3.674,83 milhões, correspondentes à amortização do Capital e 10.378,80 milhões de Meticais ao pagamento de Juros, o que representa uma redução de 68% (29.848,87 milhões de Meticais), em relação ao IV trimestre de 2022”, conclui o Relatório da Dívida Pública referente ao primeiro trimestre de 2022. (Carta)
O auditório do BCI foi palco, há dias, do Masterclass da Escola Portuguesa de Moçambique – Centro de Ensino e Língua Portuguesa (EPM-CELP), um concerto de música clássica que contou, nesta 18ª edição, para além de músicos experientes, com a participação de professores e convidados.
Entre outros convidados actuaram o violoncelista Samuel Santos, a violinista Inês Vieira, a pianista Christina Margotto e o maestro Luis Casalinho. Da EPM-CELP estiveram presentes os professores Assumane Saide e Ricardo Conceição (piano), Agnes Golias (Violino/Viola de arco).
Na qualidade de anfitrião, o Administrador do BCI, Luís Aguiar, elogiou o projecto da Escola Portuguesa, que alia a educação e a arte, reiterando o compromisso do BCI no apoio à cultura, um dos pilares da responsabilidade social corporativa que caracteriza o Banco.
Na qualidade de estabelecimento público de ensino do sistema educativo português, a Escola Portuguesa de Moçambique impulsiona a música em actividades extracurriculares, lá vão 19 anos, através de encontros musicais e a organização de masterclass de piano, violino e viola de arco. (Carta)