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Redacção

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quinta-feira, 10 agosto 2023 06:44

BCI de mãos dadas com a ANJE

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O BCI e a Associação Nacional de Jovens Empresários formalizaram na terça-feira (8), um protocolo que oficializa o apoio do Banco ao programa "O Poder do Network", a ter lugar brevemente na capital do país. O memorando foi rubricado pelo Presidente da Comissão Executiva do BCI, Francisco Costa; pelo administrador do Banco, George Mandawa, e pelo Presidente da Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE), Lineu Candieiro.

 

Francisco Costa frisou, na sua intervenção, que o acordo ora firmado era mais um dos exemplos concretos da acção directa do BCI como Banco de apoio às iniciativas juvenis. “É claro o posicionamento do BCI, no que respeita ao reconhecimento do papel e importância estratégica dos Jovens em todos os sectores e níveis da actividade económica em Moçambique”, disse. E prosseguiu: “para nós, a atenção que este segmento exige constitui um requisito essencial para o processo de construção de uma economia forte e uma sociedade mais estável e justa, um caminho incontornável para serem atingidos os objectivos de desenvolvimento internacionalmente acordados, no âmbito da sustentabilidade e da inclusão social”.

 

O Presidente da ANJE, por seu turno, reconheceu os laços históricos que sempre juntaram o BCI e a ANJE, e o esforço que o Banco tem feito em prol do empresariado nacional, em especial o juvenil. “O BCI mostra que é possível ser grande e apoiar mais empresas, mais jovens. Sentimo-nos parte do BCI, somos daqui. Somos apoiados por empresas daqui”, afirmou.

 

Tido como um dos maiores eventos de networking do mundo, este programa, pioneiro em Moçambique, está projectado para reunir milhares de participantes, destacando-se empresários, empreendedores e profissionais provenientes de diversos quadrantes do mundo. Serão, assim, compartilhados conhecimentos, experiências e estratégias, tendo em vista impulsionar o crescimento de negócios e proporcionar novas oportunidades.

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Relatos indicam que alguns "mababus" (designação dada aos terroristas), principalmente os que não são naturais do distrito de Macomia, estão a fugir e aproveitam o transporte semi-colectivo (chapa-cem) que circula naquela zona para provavelmente ir às suas terras de origem.

 

Segundo fontes na vila de Macomia, na semana passada, três armas dos "mababus" foram encontradas abandonadas algures próximo da aldeia Pangane em Mucojo, mas os portadores não foram localizados. Anteriormente, um grupo de terroristas, em número de 12, escalou a aldeia e também abandonou as armas e se teria juntado aos populares e, mais tarde, seguido para outros destinos. Os fugitivos deixaram as armas com os seus colegas, alegando que estariam a circular na aldeia, mas nunca mais regressaram.

 

As fontes que temos vindo a citar disseram que tudo indica que os "mababus" pretendem voltar à vida civil, mas a falta de garantia de que possam viver sem perseguição das autoridades tem estado a protelar esse retorno. (Carta)

LúciaRibeiro mz

A Presidente do Conselho Constitucional (CC), Lúcia Ribeiro, manifestou a sua preocupação com o baixo número de mulheres eleitas a cabeça-de-lista nos partidos políticos que vão concorrer nas autárquicas de 11 de Outubro próximo.

 

Ribeiro expressou o seu descontentamento na terça-feira (08), em Maputo, durante o Workshop sobre o Empoderamento Político das Mulheres em Moçambique, que decorreu sob o lema “Desperta, Sem Mulher Não Há Democracia”.

 

“Estamos agora a trabalhar no processo das eleições autárquicas. Do número total de autarquias que nós temos, quantas mulheres estão propostas para cabeça-de-lista? Não será que o nosso trabalho devia ser no intervalo dos pleitos eleitorais para que a estas alturas nós tivéssemos 30, 40, 50 por cento de mulheres como candidatas para as eleições autárquicas?”, questionou.

 

Segundo Ribeiro, o facto de as mulheres serem a maioria em Moçambique não condiz com a participação das mesmas nos mais distintos sectores de actividade.

 

“As mulheres representam a maioria da população mundial e nacional e, na realidade, as mulheres estão insuficientemente representadas nos mais diversos níveis e sectores, incluindo na política e governação”, disse.

 

“A nossa democracia, podemos assim dizer, está enferma, porque não reflecte nem a maioria nem a diversidade da população”, acrescentou.

 

Disse ainda que conceder mais abertura às mulheres é uma missão da sociedade como um todo. “Dar oportunidade à mulher nada mais é do que reduzir os obstáculos que ela tem de ultrapassar. E é este o trabalho de todos, da família, da sociedade, das instituições, e dos governantes”, vincou.

 

A directora-adjunta da Embaixada do Canadá em Moçambique, Lindsey Patridge, reconheceu os grandes avanços alcançados por Moçambique em termos de paridade de género. “A representação das mulheres na tomada de decisões políticas tem vindo a aumentar ao nível mundial e Moçambique é uma boa referência em África. O meu próprio país ainda não atingiu a paridade de género nas políticas”, disse a diplomata.

 

“A participação da mulher não deve ser apenas na questão de números, deve ser capaz de se traduzir na melhoria de governação, tomada de decisões e no bem-estar das nossas sociedades”, acrescentou Patridge.

 

Referiu que a participação “plena da mulher” na política é aceite como um instrumento para as sociedades com equidade e sustentáveis. “O Canadá acredita que a procura de igualdade de género na política não é uma mera obrigação ética, é um requisito fundamental para um futuro próspero, equilibrado, inclusivo para todos nós”, sublinhou.

 

Por sua vez, o Embaixador da Noruega, em Maputo, Haakon Gram-Johannessen, defendeu a interpretação da “Igualdade de Género”.

 

“Igualdade de género não é uma questão de mulheres, mas sim direitos, responsabilidades e oportunidades não dependerem do facto de ter nascido homem ou mulher. É um processo que envolve igualmente homens e mulheres”, explicou.

 

Manifestou o seu compromisso de continuar a trabalhar com o país em matérias de género. “Continuaremos a trabalhar em conjunto para garantir a participação plena e efectiva das mulheres, igualdade e oportunidade para a liderança a todos os níveis de tomada de decisão na vida política, económica, pública e adoptando e reforçando políticas sólidas e legislação para a promoção de igualdade de género e emancipação de todas as mulheres e raparigas a todos os níveis. Estamos cientes de que há ainda um longo caminho a percorrer”, concluiu. (AIM)

AMM medicos reuniao min

Um grupo considerável de médicas reuniu-se esta quarta-feira, para dar o seu posicionamento em relação ao cenário que se vive por parte da classe. À saída de uma reunião que durou mais de duas horas, as médicas afirmaram que o principal obectivo do encontro era de encontrar mecanismos para mostrar à sociedade que esta luta não é de três pessoas, mas sim um clamor de uma classe com mais de dois mil indivíduos.

 

“Nós clamamos pela paz, queremos trabalhar, desejamos ter os nossos hospitais funcionais, remunerações justas e uma sociedade que se beneficie de um serviço nacional de saúde com condições mínimas para que possamos atender com dignidade”, explicou Adelina Tualo, Médica de cirurgia geral e membro da Associação Médica de Moçambique (AMM).

 

Sem dar muitos detalhes, as médicas explicam que todas as decisões tomadas no encontro serão encaminhadas à associação e, posteriormente, a mesma irá comunicar a imprensa.

 

Sobre a acusação de falta de prestação de serviços mínimos, o grupo garantiu que grande parte das médicas estava naquela reunião de bata porque vinham de algum hospital onde foram prestar estes serviços. “O nosso maior valor é a vida e não queremos maltratar o povo, nós estamos em busca de melhores soluções para melhor servir os utentes”. (Marta Afonso)

porto beira mz min

As vendas de bens realizadas pela economia moçambicana para o resto do mundo renderam ao país 1.7 mil milhões de USD, no primeiro trimestre de 2023, um incremento de 4,4 milhões de USD, quando comparado a igual período de 2022.

 

A evolução positiva registada nas receitas de exportação é justificada, essencialmente, pelo crescimento das vendas dos produtos exportados pelos Grandes Projectos (GP), com ênfase para o sector da indústria extractiva (gás natural, areias pesadas e rubis, safiras e esmeraldas), com um aumento de 280,1 milhões de USD.

 

Entretanto, o Relatório Trimestral de Balança de Pagamentos diz que as exportações de produtos de outros sectores da economia, como a indústria transformadora (alumínio) e energia, registaram decréscimos nas vendas em 140,7 milhões de USD e 8,8 milhões de USD, respectivamente.

 

Publicado há dias pelo Banco de Moçambique, o relatório aponta que a Índia, com 288,8 milhões USD, ocupou a primeira posição como principal destino das exportações, com um peso de 17 por cento no total das exportações, destacando-se o carvão mineral, castanha de caju, legumes secos ou em grão, entre outros.

 

A África do Sul somou 256,6 milhões de USD, o que lhe conferiu a segunda posição, com um peso de 15,1 por cento sobre o total das exportações, apresentando-se como o principal consumidor de gás natural, energia eléctrica, carvão, banana, perucas, entre outros. Já as vendas ao Reino Unido, com um peso de 8,1 por cento do total de exportações, renderam ao país receitas de 137,4 milhões de USD, destacando-se o alumínio bruto, gás natural, fios de alumínio, entre outros.

 

As exportações para a Croácia conferiram ao país receitas de 117,5 milhões de USD (com uma porção de 6,9 por cento do total de exportações), tendo como principais produtos o gás natural, carvão, tabaco, entre outros. 

 

Já a China – com uma participação de 6,5 por cento do total das exportações, teve como principais produtos areias pesadas, areias naturais, grafite, sementes e frutos oleaginosos, entre outros. Por fim, com a Itália – com um peso de 4,9 por cento do total das exportações, o país arrecadou receitas na ordem de USD 83,9 milhões, salientando-se a exportação de alumínio, gás natural, areias pesadas, açúcares de cana e beterraba, entre outros.

 

No período em análise, a factura com a importação de bens registou uma variação negativa na ordem de 66,1 por cento, para 2 mil milhões de USD, a reflectir, essencialmente, a redução, em 94,8 por cento, das importações dos GP, face ao aumento da factura de importação do resto da economia em 28,9 por cento.

 

“Refira-se que as importações de bens realizadas, no primeiro trimestre de 2022, foram influenciadas pelo registo da chegada da plataforma flutuante Coral Sul FLNG, no âmbito da produção do gás na área 4 da bacia do Rovuma, avaliada em cerca de 4.6 mil milhões de USD. Excluindo aquele montante, os dados do primeiro trimestre de 2023 mostram um incremento de 8,4 por cento, em relação ao mesmo período de 2022”, refere o relatório.

 

África do Sul ocupou a primeira posição como principal país de origem das importações moçambicanas, com um peso de 23,2 por cento do total das importações, cuja factura se situou em 481 milhões de USD, destacando-se a energia eléctrica, automóveis para transporte de mercadorias, barras de ferro, milho.

 

A China, com um peso de 14,4 por cento sobre o total das importações, ocupou a segunda posição como o principal fornecedor de bens para Moçambique, salientando-se o fornecimento de aparelhos eléctricos, materiais agrícolas, tractores, combustíveis.

 

Os Emirados Árabes Unidos, com uma contribuição de 12,7 por cento do total das importações, fixaram-se no terceiro posto, com destaque para os combustíveis, adubos minerais ou químicos, trigo, cimento e óleo de palma. (Carta)

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O Presidente queniano, William Ruto, inicia hoje uma visita de Estado de três dias a Moçambique para avaliar a situação da cooperação entre os dois países, anunciou a Presidência moçambicana em comunicado.

 

O chefe de Estado do Quénia vai conversar com o seu homólogo moçambicano, Filipe Nyusi, sobre os consensos alcançados na segunda sessão da Comissão Mista de Cooperação entre os dois países, que decorreu entre segunda e quarta-feira.

 

Os Presidentes irão ainda “partilhar informações sobre a situação política, económica e social nos dois países, na região, continente e no mundo”, acrescenta a nota da Presidência.

 

A ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação moçambicana, Verónica Macamo, defendeu na quarta-feira uma “maior dinâmica” na cooperação com o Quénia, através da “intensificação” das relações económicas bilaterais, antecipando a visita do Presidente queniano a Maputo.

 

O ministro dos Negócios Estrangeiros e Assuntos da Diáspora do Quénia, Alfred Mutua, também defendeu o aprofundamento dos laços económicos e comerciais entre os países do continente, notando que as nações africanas exportam e importam mais dos outros continentes. (Lusa)

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O desemprego afecta cerca de 18,4 por cento da população moçambicana, revelam os dados do Inquérito sobre Orçamento Familiar (IOF) – 2022, lançado ontem em Maputo. Falando durante o evento, o demógrafo do INE, Abdulai Dade, explicou que os níveis mais críticos se registam na cidade e província de Maputo.

 

O documento refere que a taxa de desemprego ao nível do país é de 18,4 por cento, sendo 18,7 por cento entre homens e 18,1 por cento entre mulheres, portanto, não apresenta diferença significativa por sexo. Na área urbana (31,0 por cento) é mais elevada que na área rural (12,1 por cento).

 

“Por província, temos a cidade de Maputo e a província de Maputo com a maior taxa de desemprego, com 36.5 e 33.1 por cento, respectivamente, e a província de Tete é a que tem menor taxa de desemprego, com cerca de 13 por cento”, acrescentou a fonte na apresentação do relatório.

 

No geral, a taxa de desemprego é mais alta entre a população com nível secundário, (33,5 por cento), seguida da população com nível primário (22,0 por cento), uma tendência igualmente observada para os homens assim como para as mulheres.

 

Sobre o estado civil, nota-se que a taxa de desemprego é maior entre os solteiros, situada nos 42,8 por cento, contra os 18,7 por cento dos divorciados/separados.

 

Quanto à taxa de emprego em Moçambique, segundo o IOF de 2022, situa-se em cerca de 71.4 por cento, sendo 81.5 por cento a rural e 54.4 por cento na área urbana.

 

O número é ligeiramente alto entre os homens (73,2 por cento) do que entre as mulheres (69,8 por cento).

 

As menores taxas de emprego a nível nacional estão na província e cidade de Maputo, com 53,7 por cento e 48,3 por cento, respectivamente, e as mais elevadas são registadas nas províncias de Zambézia (79,0 por cento) e Tete (78,4 por cento).

 

Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), considera-se que uma pessoa tem emprego se tiver idade igual ou superior a 15 anos e encontrar-se numa situação de trabalho de pelo menos uma hora nos últimos sete dias anteriores ao inquérito, se ajuda um familiar na produção de bens e serviços, sem remuneração ou em caso de não trabalhar, mas ter tido emprego durante o período em referência. (AIM)

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Dados do Inquérito sobre Orçamento Familiar (IOF 2022) divulgados ontem pelo INE (Instituto Nacional de Estatística) revelam que, no ano passado, a despesa média mensal per capita (por pessoa) em produtos alimentares e bebidas não alcoólicas foi de 734,00 Meticais, equivalente a 3.358,00 Meticais por cada agregado familiar.

 

De acordo com IOF 2022, a percentagem de gastos em produtos alimentares e bebidas não alcoólicas é mais significativa na área rural, tendo-se situado em 49,3 por cento, em comparação com a área urbana, onde representa 27,8 por cento da despesa total.

 

“As despesas em transporte têm maior relevância nas áreas urbanas (15,5 por cento) que nas rurais (7,3 por cento). O mesmo se verifica na divisão de restaurantes, hotéis, cafés e similares com uma importância relativa de 9,4 por cento nas áreas urbanas e 4,7 por cento nas rurais”, sublinha a fonte.

 

No geral, o INE revela que os agregados familiares residentes em Moçambique gastaram, em média, 8.661,00 Meticais por mês, o equivalente a 1.893,00 Meticais por pessoa. O gasto médio mensal dos agregados familiares do país é quase o dobro do salário mínimo nacional que vigora em 2022, que era de 4.591,68 Meticais, que era pago no subsector da pesca de kapenta. Isto é, as despesas mensais são superiores ao rendimento mensal.

 

A despesa média mensal da área urbana, detalha, situou-se acima da média nacional, com 12.548,00 Meticais (2.686,00 Meticais per capita), enquanto na área rural fixou-se em 6.680,00 Meticais (1.475,00 Meticais per capita).

 

O IOF 2022 revela que as províncias de Maputo, Cidade de Maputo, Manica e Sofala têm despesas médias mensais acima da média nacional, sendo que as das províncias de Maputo e Cidade de Maputo correspondem a quase dobro da média nacional, com cerca de 18.803,00 e 17.076,00 Meticais, respectivamente. Por sua vez, a martirizada província de Cabo Delgado teve a despesa média mensal mais baixa por agregado familiar, com 5.213,00 Meticais.

 

De acordo com o IOF 2022, do total das despesas das famílias moçambicanas, 40,1 por cento são detidas por 10 por cento da população mais rica, enquanto 10 por cento da população pobre absorve 0,9 por cento. O relatório diz ainda que a população pobre gasta mensalmente, por pessoa, 170,00 Meticais e a mais rica despende mensalmente, por pessoa, 7.589,00 Meticais. Sublinha que 50 por cento da população absorve cerca de 14,6 por cento das despesas totais.

 

“Analisando a estrutura das despesas, de acordo com a posição do chefe do agregado familiar no processo laboral, nota-se que os agregados familiares, cujos chefes trabalham em organismos internacionais/embaixada e nas empresas públicas, têm os níveis de despesas per capita mensais mais elevados com 6.900,00 Meticais e 6.727,00 Meticais, respectivamente, apesar de pouca expressão em termos populacionais (0,03 por cento e 0,24 por cento, respectivamente)”, enfatiza o relatório, sublinhando que os agregados familiares cujo chefe trabalha por conta própria apresentam despesas médias per capita na ordem 1.465,00 Meticais.

 

Perto de 80 por cento das famílias são chefiadas por trabalhadores por conta própria

 

O IOF 2022 revela que, em Moçambique, existem 6.909.016 agregados familiares, dos quais 66,2 por cento encontram-se na área rural. As províncias de Nampula e Zambézia são as que possuem o número mais elevado de agregados familiares (20,6 por cento e 18,3 por cento, respectivamente), enquanto Gaza (4,6 por cento) e Cidade de Maputo (3,9 por cento) apresentam menor percentagem.

 

O documento expõe que grande parte dos chefes de agregados familiares são camponeses (64,6 por cento), seguidos de operários não agrícolas (9,2 por cento). Sublinha ainda que a maioria dos chefes de família encontra-se na condição de trabalhadores por conta própria sem empregados (78,9 por cento), seguida de trabalhadores de empresas privadas (9,9 por cento) e da administração pública (5,4 por cento).

 

O IOF 2022 defende que, em média, os agregados familiares moçambicanos são constituídos por 4,6 membros, sendo que a maior parte tem entre três a quatro membros, representando 33,0 por cento. Seguem-se agregados familiares constituídos por cinco ou seis membros (29,6 por cento). Em cada 100 agregados familiares, diz o relatório, 71 são chefiados por homens e apenas 29 são chefiados por mulheres. Observa-se ainda que 50 por cento dos agregados familiares são chefiados por pessoas abaixo de 41 anos (idade mediana).

 

Refira-se que, em termos metodológicos, o Instituto Nacional de Estatística garante que cada agregado familiar seleccionado foi visitado durante sete dias contínuos. A recolha de dados para o IOF foi feita durante um período de 12 meses, para captar a variabilidade das despesas, receitas e outras características socioecónomicas durante o ano. (A. Maolela)

quarta-feira, 09 agosto 2023 13:54

Exposição / Quem somos

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Uma das maiores artistas moçambicanas vai expor as suas mais recentes criações numa mostra intitulada “Quem somos”.

 

Reinata Sadimba, cuja obra transcendeu as fronteiras de Moçambique, dedicou- se a criar obras em cerâmica, com uma narrativa e estética que remetem à essência humana: as relações, a união, a família, as faces que simbolizam vidas e vivências de pessoas da sua terra que sempre procurou retratar com uma peculiaridade que só o seu talento pode.

 

(De 09 de Agosto a 02 de Setembro, às 18h00 na Fundação Fernando Leite Couto)

quarta-feira, 09 agosto 2023 13:50

Teatro/O monólogo da prostituta no manicómio

cartaz monologo

“O Monólogo da Prostituta no Manicômio” é uma peça teatral que conta a história de uma prostituta que está a ser interrogada por uma médica. A personagem conta sua trajectória de vida, revelando que tem plena consciência de seu estado e que, mesmo se reconhecendo como morta/viva, encontra forças para reagir diante de seus opressores.

 

A partir do seu depoimento, revela-se a trajectória de uma vítima de violência de género ao longo de toda uma vida. A produção da peça surgiu no âmbito de violações e assassinatos de mulheres um pouco por todo o país, mas com maior destaque para a cidade da Beira, na província de Sofala.

 

(10 de Agosto, às 18h00 na Fundação Fernando Leite Couto)

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