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Quatro (4) supostos terroristas foram capturados na passada terça-feira (21) pelas forças conjuntas, nos arredores da vila de Mocímboa da Praia, quando alegadamente estavam em missão de reconhecimento.

 

"Na terça-feira capturamos quatro terroristas. Eles estão sob custódia dos soldados ruandeses", contou à "Carta" um militar na vila de Mocímboa da Praia. A mesma fonte disse que os quatro supostos terroristas estavam em missão de reconhecimento para posterior ataque à zona. "Na verdade, eles querem entrar aqui na vila, mas é difícil porque o circuito de segurança é forte. Esta não é a primeira vez que tentam reconhecer a zona, mas são capturados. A sua intenção é entrar de novo na vila, mas não vão conseguir", comentou. (Carta)

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O Presidente da Frelimo, Filipe Nyusi, apresentou ontem, em Tete, o candidato daquela formação política às eleições de Outubro próximo. Nyusi, que está acompanhado por alguns membros do partido na província e a nível central, disse aos presentes no comício que Daniel Chapo era fruto de uma tradição de sucessão e democracia interna da Frelimo. Segundo ele, os dirigentes da Frelimo sempre foram substituídos por pessoas mais novas, o que reflecte a renovação na continuidade dentro do partido. “Foi assim quando Samora sucedeu o presidente Mondlane, quando Chissano sucedeu o presidente Samora, quando Guebuza sucedeu o presidente Chissano e quando eu sucedi o presidente Guebuza”.  

 

Filipe Nyusi disse reconhecer que ainda há muito por fazer, daí que “o nosso candidato é a pessoa certa para continuar os projectos, fazer melhor do que já foi feito. Não queremos uma pessoa que faz pouco. Ele deve fazer novas coisas que sabe quais é que são”, referiu. O estadista moçambicano disse ainda que Daniel Chapo já tem experiência de governação de protagonismo em áreas chaves de desenvolvimento do País, uma vez que foi administrador em Nacala-a-Velha numa época crucial de investimentos de grande envergadura. O mesmo aconteceu em Palma. Mais recentemente em Inhambane tem liderado projectos estratégicos de desenvolvimento.

 

Daniel Chapo: "Vamos desenvolver o país com novas ideias"

 

O candidato presidencial da Frelimo, Daniel Chapo, considera que o legado dos fundadores da República deve servir de inspiração para a juventude construir um futuro novo e mais próspero. Falando para uma plateia de milhares de moçambicanos, esta quinta-feira, no campo 3 de Janeiro, no bairro chingozi em Tete, Chapo acrescentou que a Frelimo acredita na força da juventude para imprimir uma nova dinâmica no desenvolvimento de Moçambique. O candidato foi apresentado oficialmente por Filipe Jacinto Nyusi, o presidente da Frelimo.

 

"Vamo-nos unir à Frelimo, vamo-nos unir a Chapo e votarmos em massa no dia 9 de Outubro e, em função disso, continuarmos a desenvolver Moçambique. Somos uma geração que recebeu a estafeta e vamos dar continuidade", disse Daniel Chapo. 

 

Para garantir tal desenvolvimento, segundo Chapo, é preciso investir numa educação de qualidade. "Para melhorar essa qualidade, precisamos também de avaliar o ensino no nosso país. Em função disso vamos mudar o que for necessário, construir mais escolas. Este sector é a base do nosso desenvolvimento".

 

Daniel Chapo mostrou-se aberto a ouvir os funcionários públicos, como mecanismo de auscultação visando a adopção de melhores estratégias de actuação para o seu Governo, caso seja eleito nas próximas eleições.

 

"Quando iniciarmos a campanha eleitoral, nós vamos marcar encontros com os nossos companheiros da função pública; os professores, os enfermeiros, os médicos e todos, para podermos ter contribuições e enriquecermos aquilo que temos que fazer para juntos trabalharmos", disse Daniel Chapo.

 

Não há desenvolvimento sem infra-estruturas 

 

O candidato reconhece que é preciso construir mais estradas para facilitar a circulação de pessoas e bens. "Não há desenvolvimento sem infra-estruturas, principalmente estradas e pontes. Estradas de qualidade que possam ligar as zonas de produção onde os nossos irmãos, nossos pais, nossas mães estão a produzir comida para conseguirem fazer chegar à cidade, mercados e venderem à vontade".

 

Processar e distribuir bens e serviços passa por investir na indústria. O candidato diz que a indústria deve ser capaz de responder às necessidades actuais do país e compreender as exigências do mundo. Industrializar Moçambique implica potenciar um dos maiores factores do desenvolvimento, a juventude. "A indústria em desenvolvimento permite a juventude ter emprego".

 

O turismo é um outro pilar que Daniel Chapo identifica como sendo fundamental para o desenvolvimento. "O turismo é uma área que dá emprego a todo o mundo. Onde há turismo toda a gente consegue fazer dinheiro". 

 

Combate à corrupção

 

Daniel Chapo garante que vai trabalhar para combater a corrupção. "O erário público é para todos os moçambicanos. É preciso que haja transparência, queremos pessoas que sabem que estão para servir o povo e não para se servir". Para Daniel Chapo, "um povo sem cultura, não tem identidade" por isso investir no património, diversidade cultural e nas artes em geral é construir uma nação próspera.(Carta)

SERNIC incinera 46 Kg de drogas apreendidas em Maputo.jpg

O Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) incinerou, esta quinta-feira (23), 46 quilogramas de drogas apreendidas na capital do país, desde o mês de Fevereiro de 2023 a Maio de 2024 na capital do país. Em conexão com o caso, foram detidas 279 pessoas.

 

Segundo o Porta-voz do SERNIC na cidade de Maputo, Hilário Lole, do total de 46.208 quilogramas incinerados, 30.770 eram de cannabis sativa, 10,87 de cocaína e 4,418 de heroína.

 

Lole explicou que das operações levadas a cabo no Aeroporto Internacional de Maputo foi possível deter 279 suspeitos, sendo que oito eram de nacionalidade estrangeira e todos foram constituídos arguidos.

 

“Pelo crime de tráfico, venda e consumo de estupefacientes foram ainda instaurados 330 processos crimes”, frisou.

 

Lole disse ainda que nestas incursões, foram apreendidas quatro viaturas usadas para o transporte das respectivas drogas. Um estudo publicado em Maputo em 2019, pela organização Iniciativa Global contra o Crime Organizado Transnacional (GITOC), apontou Moçambique como um dos principais corredores do narcotráfico a nível mundial. (M.A.)

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A Associação Médica de Moçambique (AMM) apelou nesta terça-feira para que seja reforçado o diálogo entre o Governo e os Profissionais de Saúde para o benefício da população moçambicana. Através de um comunicado de imprensa enviado à nossa redacção, a AMM, reunida em sessão ordinária, notou: “o sector da saúde tem sido assolado pela greve convocada pela Associação dos Profissionais de Saúde Unidos e Solidários de Moçambique (APSUSM)”.

 

Apesar de não abranger a classe médica, a AMM reconhece que a greve é legítima e solidariza-se com os profissionais de saúde.

 

“A AMM ainda tem o seu caderno reivindicativo, o qual continua em negociação com o governo de Moçambique. Entretanto, apesar dos progressos, parte importante das reivindicações continuam sem solução, devendo pronunciar-se em breve sobre os próximos passos”, refere a associação.

 

Reagindo a propósito da greve dos Profissionais de Saúde, o Executivo disse, na última terça-feira, no fim da 16ª Sessão do Conselho de Ministros, que tem estado a fazer um esforço enorme tanto para o sector da educação, como para o sector da saúde para que as horas extras e outras remunerações continuem a ser pagas sem grandes sobressaltos.

 

Refira-se que a greve dos Profissionais de Saúde já vai no seu vigésimo quarto dia, devendo durar 30 dias prorrogáveis, se as suas preocupações não forem respondidas pelo Governo. (M.A)

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O Governo de Cabo Delgado diz estar a pensar sobre como irá proceder nos próximos dias em relação aos funcionários e agentes do Estado afectos no distrito de Macomia, cuja maioria se encontra refugiada na cidade de Pemba e em outros locais. A mensagem foi transmitida aos funcionários e agentes do Estado esta quarta-feira (22) na cidade de Pemba, durante um encontro no qual as autoridades aproveitaram a ocasião para se solidarizar com os afectados do ataque terrorista de 10 de Maio corrente, que levou a uma fuga forçada.

 

Alguns funcionários e agentes do Estado disseram à "Carta" que por questões de segurança ainda não têm moral suficiente para regressar a Macomia, ainda que o governo possa persuadi-los para regressar.

 

"Ainda ontem (terça-feira), muitas pessoas dormiram no mato, porque começou a circular uma informação dando conta de que os terroristas estavam a vir. Então, muita gente foi para o mato e voltou esta manhã e fica difícil regressar a Macomia", disse um dos funcionários.

 

"Não é que não possamos regressar a Macomia, mas o problema é que os alvos são os militares e os funcionários e agentes do Estado", secundou outro funcionário.

 

Os funcionários e agentes do Estado vincaram que, mesmo que regressem aos seus postos de trabalho, alguns simplesmente irão ficar sem trabalhar "porque na administração e no registo civil, bem como na área de serviço de infra-estruturas, tudo foi destruído. É preciso um novo investimento".

 

Um funcionário da área de Recursos Humanos comentou que a falta de equipamento de trabalho não seria grande problema caso os funcionários e agentes do Estado regressassem, porque o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) alocou muitos computadores para os distritos afectados pelos ataques terroristas. (Carta)

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Cerca de 400 residentes do bairro de Nwamatibjana, na província de Maputo, contribuíram com valores que partem de 500 Mts, para melhorar a via severamente danificada pelas últimas chuvas que caíram no primeiro trimestre deste ano.

 

“Decidimos tomar esta iniciativa para melhorar a via que parte da terceira rotunda para quem vem do Zimpeto até ao terminal de Nwamatibjana, com o apoio do Município da Matola”, explicou Atanásio Mucuhu, um dos membros da Associação dos Residentes da zona.

 

Segundo Mucuhu, tudo iniciou com a criação de um grupo do whatsapp do bairro, onde foi possível integrar mais de 400 moradores de Nwamatibjana.

 

Com base nessa plataforma, foram comunicados todos os membros que se pretendia realizar algumas contribuições para minimizar os danos registados na via principal de acesso ao interior do bairro, partindo da terceira rotunda até ao terminal.

 

“Com as contribuições que conseguimos, decidimos no último domingo iniciar com o tapamento dos buracos mais críticos, usando areia vermelha oferecida pelo município, para permitir a circulação de viaturas, enquanto se aumenta o valor das contribuições para colocarmos pedra em todo o troço”, explicou.

 

Mucuhu disse ainda que neste momento já foram angariados cerca de 50 mil mts para reparar a via de cerca de quatro quilómetros, além de que o município já ofereceu pedra, faltando ainda algum dinheiro para o transporte do material.

 

“A população tem estado a contribuir em valor e em mão-de-obra. Numa primeira fase, o município ofereceu areia vermelha e parte do valor das contribuições foi para abastecer os carros que usamos para executar o trabalho”, frisou. (M.A)

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