Uma técnica de saúde, de 22 anos de idade, assassinou o marido de 26 anos de idade, com recurso a óleo quente, e depois embrulhou o corpo com sacos, colocou numa carrinha de mão e posteriormente atirou para uma mata nas proximidades da sua casa. O corpo viria depois a ser descoberto por crianças.
O caso aconteceu na vila da Macia, distrito de Bilene, província de Gaza, onde mesmo nas mãos da polícia a jovem inicialmente negou o crime, mas depois veio a confessar o homicídio. Segundo conta a homicida, que neste momento se encontra detida, tudo começou quando os dois partiram para uma discussão supostamente por conta da traição e o marido teria tentado agredi-la. Como forma de se defender, ela acabou jogando óleo quente, tendo causado a morte do marido.
"As nossas discussões eram constantes e na noite de domingo ele tentou agredir-me e eu acabei o ferindo com recurso a uma faca. Voltamos a ter uma outra discussão e eu acabei jogando óleo quente nele como forma de me defender", contou a técnica de saúde.
Já nas mãos da polícia, e em conversa com a imprensa, a técnica de saúde contou que o marido já tinha pedido que se separassem porque a relação já não estava a dar, mas ela se recusou.
De acordo com a Polícia da República de Moçambique (PRM) em Gaza, o corpo do malogrado foi descoberto por crianças do bairro, nas proximidades da residência do casal e, em seguida, chamaram os mais velhos. Quando a mesma foi interrogada, fingiu não saber o que aconteceu.
"Quando o corpo foi encontrado não foi possível de imediato reconhecer o malogrado porque apresentava queimaduras profundas na parte facial. No primeiro momento em que interrogamos a jovem, não foi fácil descobrir que ela tinha assassinado o marido, mas depois de muita insistência, ela confessou o crime e contou todos os detalhes". (M.A)
A Comissão Política (CP) da Frelimo convocou para 19 de Julho próximo a III sessão extraordinária do Comité Central (CC) daquele partido a ter lugar na cidade da Matola, província de Maputo.
A decisão foi anunciada pela porta-voz da Frelimo, Ludomila Maguni, em conferência de imprensa, minutos após o fim da 28ª sessão ordinária da CP que teve lugar quinta-feira (20) em Maputo.
Ludomila Maguni disse que a III sessão extraordinária do CC terá como único ponto de agenda o debate e aprovação do manifesto eleitoral da Frelimo para as VII eleições gerais e V provinciais, a terem lugar a 09 de Outubro próximo.
“A agenda III sessão extraordinária do Comité Central indica a aprovação do manifesto eleitoral que nós iremos levar neste processo de eleições que se realizam este ano”, disse.
A CP, o órgão decisivo entre o intervalo das sessões do CC, segundo a porta-voz, avaliou de forma positiva o trabalho das brigadas centrais nas províncias e cidade de Maputo, na sua tarefa de assistir às sessões extraordinárias dos comités provinciais e da cidade de Maputo.
Recentemente, os comités provinciais e da cidade de Maputo elegeram os candidatos a deputados da Assembleia da República, a cabeças-de-lista para as eleições provinciais e a membros das assembleias provinciais.
Num outro desenvolvimento, a CP encoraja as Forças de Defesa e Segurança de Moçambique (FDS), da Missão Militar da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SAMIM, sigla em inglês), incluindo as Forças de Defesa do Ruanda (FDR) e da Força Local a continuarem firmes no combate ao terrorismo que assola alguns distritos da província nortenha de Cabo Delgado.
Por isso, acrescentou a porta-voz, “a CP saúda a todos os segmentos da sociedade envolvidos em acções de solidariedade multiforme em apoio às famílias vítimas deste fenómeno”.
Aliás, a CP apela às populações das zonas afectadas pelo terrorismo a continuarem vigilantes e a colaborar com a Força Local e com as autoridades locais para denunciar qualquer suspeita de movimentação de terroristas.
Nos últimos meses, os ataques terroristas reduziram bastante, o que permitiu o retorno de mais de 95 por cento das populações às suas zonas de origem. Os ataques terroristas em Cabo Delgado provocaram cerca de 1.400 mil deslocados internos e centenas de mortos. (AIM)
Um estudo do Instituto Nacional de Saúde (INS) revela que, em Chibuto, na província de Gaza, há maior procura de cuidados de saúde junto dos praticantes de medicina tradicional, vulgo curandeiros, em relação às unidades sanitárias, independentemente das condições climáticas.
De acordo com o estudo realizado pelo pesquisador do INS, Osvaldo Inlamea, os eventos extremos climáticos têm estado a limitar também o acesso e a procura de cuidados de saúde neste distrito. O relatório foi apresentado na última terça-feira, durante o quarto dia “aberto” de pesquisa em Saúde na Província de Gaza.
A pesquisa indica que, quando há mau tempo e ondas de calor, as comunidades procuram menos os serviços de saúde, incluindo farmácias e medicamentos. Realizado de Março a Junho de 2022, o estudo mostra que o distrito de Chibuto é considerado vulnerável a eventos extremos climáticos, com recorrência sazonal de ondas de calor, secas, cheias e inundações.
Por outro lado, um outro estudo feito por um outro pesquisador do INS sobre factores associados à utilização da Consulta Pré-natal (CPN) por mulheres em Moçambique, usando dados secundários do Inquérito de Indicadores de Malária 2018, revelou que metade das mulheres no país não realizou quatro ou mais Consultas Pré-natais.
Os resultados mostram ainda haver uma relação forte entre o local de residência (urbano e rural), o índice de riqueza (muito pobre) e a utilização dos serviços de CPN. (M.A.)
O Vice-Ministro dos Transportes e Comunicações, Amilton Alissone, disse que o seu sector está a acompanhar com tranquilidade a reposição das tarifas pelas operadoras, com observância da lei e dos processos associados. Alissone fez esta observação depois de interpelado esta quarta-feira pela Imprensa.
A fonte afirmou que o Instituto Nacional das Comunicações, como órgão regulador, acatou a recomendação do Governo e as operadoras estão a fazer a actualização. “Mas é preciso entendermos que é um processo”.
O Vice-Ministro assegurou que houve uma suspensão e em seguida as operadoras iniciaram o restabelecimento das tarifas conforme acordado com o regulador. No que concerne à actualização dos pacotes pelas operadoras, o Vice-Ministro disse que o mais importante é perceber os ditames da lei.
“O mercado é livre, as operadoras estão a trabalhar para assegurar a implementação das tarifas que no seu entender cobrem os custos das suas operações. Se essas tarifas são aquelas que vinham sendo praticadas, seguramente, as operadoras vão pôr em prática na medida em que cobrem os seus custos”, frisou. (M.A.)
Pelo menos 3.175 crianças que sofriam de desnutrição aguda grave na província moçambicana de Sofala recuperaram desse estado nos últimos quatro anos, de 3.600 identificadas, segundo dados divulgados ontem na Beira pela Unicef.
“Conseguimos, neste programa, recuperar da desnutrição um total de 3.175 crianças e isto representa uma taxa de recuperação de desnutrição aguda grave de 91%”, explicou a representante do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Dezi Mahotas, à margem da primeira sessão do comité de direção do programa que pretende “melhorar a nutrição infantil” nos distritos mais afetados pelo ciclone Idai, que atingiu o centro de Moçambique em 2019.
A responsável acrescentou que, neste período, mais de 1.600 comunidades foram certificadas livres do fecalismo a céu aberto, bem como foram construídas 268 fontes de água, beneficiando cerca de 80 mil pessoas.
“Neste quarto ano, apesar dos desafios, o programa acelerou significativamente na implementação de atividades, atingindo resultados importantes, parte dos esforços de reconstrução do Governo moçambicano pelas províncias mais afetadas pelos ciclones”, afirmou Mahotas.
A representante do fundo da ONU sublinhou que o programa representa o “firme compromisso”, também da União Europeia, em apoiar intervenções chave “para combater a desnutrição na província de Sofala e não só”.
Ao intervir na reunião, a secretária de Estado em Sofala, Cecília Chamutota, recordou que, até ao ano de 2020, logo após o ciclone Idai, a desnutrição crónica apresentava uma taxa de 36% e a desnutrição aguda 5,3%.
A dirigente vincou que estes dados mostram que o trabalho que está a ser realizado tem surtido efeito, mas que ainda há muito por fazer: “Estamos convictos de que, com esforços combinados e a colaboração de todos, é possível melhorar ainda mais os resultados alcançados até o momento, pelo que apelamos para a participação de todos. Reiteramos em tudo fazer para que os níveis de desnutrição sejam cada vez menores”.
Por seu turno, a representante da União Europeia (UE), Ylenia Rosso, adiantou que este comité diretivo é uma plataforma coordenada pelo Governo e parceiros com o objetivo de apresentar e discutir os ganhos alcançados e desafios enfrentados durante a implementação do programa, propondo recomendações.
“Pretendemos reforçar o foco na sustentabilidade para a continuidade dos programas e ganhos alcançados durante os últimos quatro anos e replicar para os demais distritos para a garantia do prosseguimento das intervenções nas prioridades do Governo. Continuaremos o trabalho em conjunto e apoio ao Governo no fortalecimento das capacidades institucionais em termos de sistemas e serviços”, assumiu.
A secretária executiva do Secretariado Técnico de Segurança Alimentar e Nutricional (SETSAN), Leonora Monjane, afirmou que, nos últimos dez anos, a taxa de desnutrição crónica em crianças menores de cinco anos de idade cifrava-se em 43%, denotando que são níveis que continuam muito altos no país.
“Pretendemos encontrar medidas corretivas e preventivas para este cenário. Sabemos também que Sofala, com o ciclone Idai, criou mais problemas de segurança alimentar, [pelo que] regredimos [no] indicador de segurança alimentar”, acrescentou.
Ainda assim, sublinhou: “Notamos com satisfação o alinhamento dos objetivos desse programa, que é de melhorar o estado nutricional das crianças de 0 a 5 anos de idade e de mulheres grávidas e lactantes, com as políticas e estratégias de segurança alimentar nutricional”. (Lusa)
Os casos de Acidente Vascular Cerebral (AVC) que dão entrada nesta época fria tendem a aumentar, em comparação com o verão. O Hospital Central de Maputo (HCM) atende três a cinco casos diariamente.
De acordo com informações partilhadas na página oficial da maior Unidade Sanitária do País, a maior parte dos casos de AVC que têm sido atendidos nos últimos dias nos serviços de cuidados intensivos são de jovens.
"No inverno, a queda nas médias da temperatura ambiente promove também alterações no corpo humano. Uma delas é a vasoconstrição, ou seja, uma redução do diâmetro dos vasos sanguíneos, o que faz com que mesmo quem não tem hipertensão crónica possa sofrer com episódios de aumento da pressão arterial", pode-se ler na página do HCM.
As tonturas, visão turva e palpitações podem ser sinais de alteração na pressão. Mesmo para quem não sofre de hipertensão, a contração das artérias pode provocar um aumento da força no bombeamento do sangue pelo coração, daí a necessidade de uma medição regular da pressão arterial.
Para o efeito, o Hospital Central de Maputo recomenda neste inverno a prática regular de exercícios físicos, a ingestão excessiva de água e o controlo da ingestão de alimentos gordurosos, muito calóricos, e ultraprocessados. (Carta)