O Ciclone Tropical Freddy que se fez sentir na última sexta-feira, com epicentro no distrito de Vilanculos, na província de Inhambane, deixou aproximadamente 60 famílias sem casas e, até agora, ainda estão a ser contabilizados os danos. Segundo o Edil de Vilanculos, William Tuzine, em entrevista à “Carta”, os ventos do ciclone Freddy sopravam a 120 quilómetros por hora, no entanto, o distrito continua a ser assolado por chuvas intensas e fortes, desde o último sábado.
Aquele dirigente assegurou que perto de 60 casas de material precário foram totalmente destruídas pelo ciclone, para além de culturas como milho e amendoim. O Hospital Rural de Vilanculos também não escapou à fúria da tempestade e ficou sem tecto. Algumas escolas ficaram sem salas de aulas e algumas paredes desabaram.
“Tivemos ainda alguns danos na nossa Arena para além de cinco hospitais que sofreram. Temos ainda muitas crateras na rede viária por conta da chuva que continua a cair, mas graças a Deus não tivemos danos humanos, nem mortes e feridos, isto porque fizemos um bom trabalho de sensibilização e conseguimos abrir quatro Centros de Acomodação que acolheram várias famílias que se encontravam em zonas de alto risco”, frisou Tuzine.
Por outro lado, dados da Electricidade de Moçambique (EDM) apontam que 21 postes de média tensão foram derrubados. A empresa estima em 6.656.000,00 Meticais os custos de reparação dos danos causados em Inhambane.
Por seu turno, o Presidente da Associação do Turismo de Vilanculos, Yassin Amuji, garantiu que o Freddy não causou muitos danos nas infra-estruturas turísticas, com excepção do Hotel Azura, na Ilha de Benguerra. O estabelecimento ficou sem uma parte do tecto, mas até ao próximo sábado vai abrir as portas para receber os turistas.
Por uma questão de precaução, grande parte dos hotéis optaram por encerrar as portas antes da passagem do ciclone, mas poderão reabrir ainda hoje. “O ciclone não fez muitos estragos, o que está a causar danos, sobretudo nas vias de acesso, é a chuva que não pára de cair’’.