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O que mais se temia, pagar portagem em cada 100 km nas estradas nacionais, está quase a acontecer. O Conselho de Ministros anunciou na última terça-feira (09) que, a 1 de Junho, portanto daqui a duas semanas, entram em funcionamento sete novas portagens nas estradas nacionais, com destaque para a Estrada Nacional Número 1 (EN1).
Trata-se das portagens de Chidenguele, em Gaza, Inharrime, Malova e Mapinhane, na província de Inhambane, todas instaladas ao longo da EN1. Também entram em funcionamento a portagem de Kumuaza-Chenga, em Manica, e Utuculo e Congerenge na província do Niassa.
Estas portagens foram erguidas no âmbito do Programa Auto-Sustentado de Manutenção de Estradas (PROASME), pelo que as suas taxas irão variar entre 50,00 Meticais (para classe 1) e 1.000,00 Meticais (para classe 4). A classe 2 irá pagar 200 Meticais por cada uma destas portagens e a classe 3 será cobrada 500 Meticais.
Dados a que o “Notícias” teve acesso indicam que, para erguer as infra-estruturas, o Governo precisou de 238 milhões de Meticais, desembolsados pelo Fundo de Estradas.
A “sarna” das portagens começou na estrada Circular de Maputo. A entidade concessionada, a Rede Viária de Moçambique (REVIMO), inaugurou, em Fevereiro último, quatro portagens, em alguns locais severamente criticados por falta de alternativa para quem não tenha dinheiro para pagar a portagem.
Depois da Circular, a “sarna” das portagens alastra-se para EN1, concretamente de Maputo a Pambara, Vilankulo, uma distância de pouco menos de 700 km, onde o automobilista será obrigado a pagar em cinco portagens.
No entanto, a portagem instalada em Chidenguele, distrito de Mandlakazi, província de Gaza, está sendo bastante contestada por estar a menos de 80 Km da portagem de Chicumbane, no distrito de Limpopo, na mesma província, e a menos de 100 Km da portagem de Inharrime, na província de Inhambane.
Referir que as sete portagens que entram em vigor não são as únicas. No âmbito do PROASME, o Governo ainda vai erguer mais 19 em estradas e locais ainda não conhecidos. As estradas abrangidas pelo PROASME foram seleccionadas tendo em conta as boas condições em que se encontram actualmente após terem sido construídas e/ou reabilitadas. (Evaristo Chilingue)
