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Maputo -

Actualizado de Segunda a Sexta

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Redacção

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O fornecimento de água à região norte da cidade de Maputo está a ser feito a partir do Centro Distribuidor (CD) de Intaka, no município da Matola, abastecido por um grande potencial de água subterrânea, composto por 12 furos de captação, com uma capacidade média de 50 metros cúbicos, por hora, cada.

 

De acordo com José Barata Henriques, director de Projectos da empresa Águas da Região de Maputo (AdeM), esta iniciativa visa aliviar a sobrecarga do principal sistema de abastecimento de água às cidades de Maputo e Matola e a vila de Boane, a partir do Rio Umbelúzi.

 

Trata-se, conforme explicou o director de projectos, de uma solução identificada no contexto da gestão da escassez da água na barragem dos Pequenos Libombos, de onde sai a água que vai à Estação de Tratamento de Água de Umbelúzi, devido à seca que se regista nos últimos anos.

 

“A conexão de conduta de Intaka reforça a capacidade de abastecimento da zona norte da cidade de Maputo, ao longo da Estrada Nacional Número Um, nomeadamente os bairros Jorge Dimitrov, Bagamoio, 25 de Junho, Inhagóia, até ao bairro do Jardim”, referiu José Barata Henriques.

 

Refira-se que já iniciaram os trabalhos de conexão da conduta de 500 mm à conduta de 350 mm, o que vai alargar o número de clientes abastecidos a partir do CD de Intaka.

 

O gestor da Águas da Região de Maputo garantiu, ainda, existirem furos de captação suficientes para alimentar o Centro Distribuidor de Intaka, estando ainda prevista a abertura de mais furos, para abastecer o norte da capital, de modo a reduzir a área de influência da linha mãe.

 

“Esta é uma das várias soluções encontradas para a melhoria do abastecimento de água à cidade de Maputo, sendo que neste momento estão operacionais 12 furos, com uma capacidade média de 50 metros cúbicos, por hora, cada, de um total de 18”, indicou, ajuntando que uma parte dos furos está ainda a ser equipada.

 

Para já, a empresa está a operar num período que lhe permite abastecer cerca de sete mil ligações a norte da cidade de Maputo, com uma média de distribuição de 600 metros cúbicos, por hora. Por enquanto, decorrem as obras de construção da linha de transporte de água para a zona do bairro do Jardim, que passará a ser abastecida a partir do Centro Distribuidor de Intaka.

 

Importa realçar que a empresa Águas da Região de Maputo, lançou, recentemente, a campanha de sensibilização para o uso racional de água, como resposta à crise de água que se regista na cidade de Maputo, e que forçou a redução do fornecimento do precioso líquido de 12 horas para seis horas por dia.(FDS)

Oito pessoas estão soterradas desde a madrugada de hoje numa mina ilegal de rubis no norte de Moçambique e é "remota" a possibilidade de estarem vivas, disse à Lusa o inspector-geral do Ministério dos Recursos Minerais e Energia.

 

Obete Matine adiantou que equipas de salvamento retiraram um corpo sem vida e um sobrevivente da mina onde um desabamento provocou o soterramento de pelo menos dez garimpeiros. O local onde se deu o acidente faz parte do perímetro da concessão da Montepuez Rubi Mining (MRM), uma das maiores companhias de extração de rubis no mundo.

 

"Os garimpeiros estavam a extrair rubi ilegalmente, quando se deu o sinistro, mas a área faz parte da concessão da Montepuez Rubi Mining", acrescentou o inspector-geral do Ministério dos Recursos Minerais e Energia. Obete Matine assinalou que é remota a possibilidade de os garimpeiros ainda soterrados serem encontrados com vida, tendo em conta o tempo que já passou depois do desastre. (Lusa)

segunda-feira, 25 fevereiro 2019 14:28

Conversa / Virgília Ferrão

Conversa com a autora dos romances “O Inspector de Xindzimila” e “Romeu é Xingondo e a Julieta é Machangana” a respeito das suas inspirações, realizações e planos literários. O romance O INSPECTOR DE XINDZIMILA será pretexto para uma conversa com a prosadora Virgília Ferrão. Esta é a segunda publicação desta jovem autora depois da estreia com ROMEU É XINGONDO E A JULIETA É MACHANGANA em 2005. Nesta obra Virgília Ferrão narra a história de um jovem que «regressa à sua terra natal, a pequena e pacata vila Xindzimila. Dionísio já sabia que teria de enfrentar o seu pai e uma antiga mágoa guardada». A obra despoletará certamente uma tertúlia que nos permitirá reflectir sobre as leituras possíveis do romance desta autora e outras produções literárias.

 

(28 de Fevereiro, às 18Hrs na Fundação Fernando Leite Couto)

segunda-feira, 25 fevereiro 2019 14:25

Música / Cameron Ward

Cameron Ward vem directamente de Cape Town para o primeiro especial Jazz na hora de ponta de 2019. Cameron é membro da banda Masekela desde os 21 anos e sente-se pronto para se estabelecer como artista internacional. Com ambições de um dia ocupar o seu lugar entre os gigantes da música sul-africana. Já aclamado como favorito do público norte-americano e europeu por seu carisma e proezas musicais, Ward aperfeiçoou e dominou suas ideias de improvisação perspicácia solo e vocal e habilidades de guitarra por quase uma década tocando em clubes de jazz e festivais em todo o mundo ao lado de Masekela.

 

(28 de Fevereiro, às 18Hrs em Maputo)

segunda-feira, 25 fevereiro 2019 14:01

Literatura / Escritor do Mês

Com o objectivo de aprofundar o conhecimento do trabalho da escritora moçambicana, terá lugar no próximo dia 27 de Fevereiro, às 17h00, uma sessão intitulada “Paulina Chiziane: A Literatura Liberta, A Literatura Emancipa”, dinamizada pela investigadora Sara Jona, na Biblioteca do Camões - Centro Cultural Português. Durante este encontro, Sara Jona propõe uma tentativa de compreensão de que modo Paulina Chiziane estimula os seus leitores para a libertação de mentes oprimidas e para a emancipação da mulher. Para tal, utilizará como exemplos as obras Ventos do Apocalipse, Niketche: uma história de Poligamia e As Andorinhas.

 

Notas Biográficas: Paulina Chiziane é natural de Manjacaze (1955-). Afirma-se no panorama literário moçambicano como contadora de estórias, inspirada nos contos à volta da fogueira, sua primeira escola de arte. Frequentou o curso de Linguística na UEM e publicou a sua primeira obra Balada do amor ao vento, em 1990, que representa o primeiro romance publicado por uma mulher moçambicana. Seguiram-se Ventos do Apocalipse (1993), O Sétimo Juramento (2000), Niketche: Uma história de poligamia (2002), O Alegre Canto da Perdiz, (2008), As Andorinhas (2009), Por Quem Vibram os Tambores do Além (2013), Na Mão de Deus (2013), Ngoma Yethu: O Curandeiro e o Novo Testamento (2015), até ao mais recente O Canto dos Escravos (2017). Foi distinguida com diversas menções honrosas, entre as quais se destaca o Prémio José Craveirinha, da Associação dos Escritores Moçambicanos, em 2003. A sua escrita combina tradição e originalidade, “numa produção complexa e socialmente valorizada” (T. Manjate). Temática dominante é o tratamento do papel da mulher da sociedade, com os conflitos identitários que derivam da presença de uma diversidade de religiões e de culturas. Paulina Chiziane é uma escritora preocupada com o testemunho do real.

 

Sara Jona Laisse - Doutorada em Literaturas e Culturas em Língua Portuguesa pela Universidade Nova de Lisboa. Docente de Cultura Moçambicana e Metodologia de Pesquisa na Universidade Politécnica. É consultora em Avaliação de Qualidade de Ensino. É autora de manuais de ensino, artigos publicados em jornais e revistas nacionais e estrangeiras. Publicou o livro Entre o Indico e o Atlântico: ensaios sobre literatura e outros textos e é co-autora da obra Identidade Organizacional: um diferencial para a competitividade das empresas moçambicanas e do Dicionário Português-Bitonga-Português com Compêndio Gramatical. Dinamiza, há três anos, um evento académico denominado “Tertúlias Itinerantes”, no qual investigadores de diferentes áreas de saber e de várias universidades discutem o tema “interculturalidade”. Há 18 anos que mantém um outro programa de incentivo ao gosto pela literatura designado “Tertúlias de Sábado”. Tem participado em vários eventos científicos nacionais e internacionais e tem sido membro de júri em concursos literários no seu país e em outros.

 

(27 de Fevereiro, às 17Hrs no Centro Cultural Português)

Entre os 17 agentes do SERNAP detidos (e não apenas 14 como escrevêramos esta tarde) implicados na soltura de reclusos, encontram-se os ex-directores da Penitenciária Provincial de Maputo e Preventiva da Cidade de Maputo, designadamente Ramos Zamboco e José Machado. Os 17 estão envolvidos na facilitação de saída de reclusos por meio de falsas declarações, falsidade de documentos e abuso de cargo e funções, de acordo com o processo 273/10/P/17, investigado pela Procuradoria Provincial da República-Maputo. (Carta)

Para as eleições a terem lugar no dia 15 de Outubro deste ano tomarão posse esta segunda-feira (25) na capital do país 11 presidentes provinciais das comissões eleitorais, incluindo da própria cidade de Maputo. Os vice-presidentes e membros das mesmas comissões já foram empossados. O porta-voz da Comissão Nacional de Eleições (CNE), Paulo Cuinica, disse ao nosso jornal que o evento deve-se ao facto de ter expirado o mandato do anterior elenco directivo das comissões eleitorais nas províncias, que vinha vigorando desde 2013. Outro motivo é o da ausência dos membros da Renamo nos mesmos órgãos, por na devida altura terem decidido não tomar posse. A situação alterou-se devido à nova composição da CNE e do Secretariado Técnico da Administração Eleitoral (STAE), tendo os membros do maior partido da oposição passado a fazer parte das comissões provinciais eleitorais.

 

Questionado pelo nosso jornal sobre as razões de a capital do país passar a ter uma Comissão Provincial de Eleições, (CPE), tendo em conta que no novo modelo eleitoral e de descentralização irá desaparecer a figura de governador da cidade de Maputo, Paulo Cuinica respondeu que “a Lei ainda está a ser revista, e só depois da sua aprovação é que ficará claro se haverá ou não governador ou Assembleia Provincial na cidade de Maputo”.

 

Governo promete cobrir défice

 

Entretanto, conforme revelou Paulo Cuinica na semana finda, o governo prontificou-se a cobrir o défice de 8.1 mil milhões de Mts a fim de completar os 14.6 mil milhões de Mts necessários para a realização das eleições gerais, legislativas e provinciais. Assim sendo, não haverá qualquer impedimento de ordem financeira para a realização das eleições gerais marcadas 15 de Outubro do presente ano. Com esta disponibilidade do Executivo moçambicano, a CNE e o STAE não mais estarão dependentes de apoios dos parceiros internacionais para viabilizar as eleições deste ano.

 

Cuinica disse também que de 1 a 15 de Março vão ter lugar em todo o território nacional cerimónias de empossamento dos membros das Comissões Distritais de Eleições (CDE), grupo que irá liderar o recenseamento eleitoral cujo arranque está previsto para 01 de Abril próximo. (Omardine Omar)   

Os ataques de insurgentes da última quinta-feira, que atingiram directamente as operações da Anadarko, causaram um profundo mal-estar entre os principais investidores do gás do Rovuma. A Anadarko já anunciou que mandou suspender temporariamente suas obras em Afungi e restringiu a circulação de colaboradores, nomeadamente os que estão confinados no seu acampamento naquela península perto de Palma, em Cabo Delgado. A Exxon Mobil, que também possui um acampamento em Afungi, ainda não tomou posição oficial, mas fontes seguras disseram à “Carta” que a gigante norte-americana está a ponderar atrasar o anúncio o seu Financial Investiment Decision (FID) para depois das eleições de Outubro.

 

A intenção inicial da Exxon, que tenciona investir 20 biliões de USD no seu projecto de liquefação de gás no Rovuma, era a de anunciar o Plano de Desenvolvimento (PoD) e o FID ao mesmo tempo em Julho deste ano; diferentemente da Anadarko, a Exxon não precisa de garantir a venda antecipada de gás para mobilizar recursos na banca e fazer o FID; a Exxon tem capacidade própria de financiamento; só o ano passado, seus resultados líquidos rondaram os 19 biliões de USD. 

 

Mas o escalar da situação da insurgência em Cabo Delgado levou a que altos quadros da gigante norte-americana começassem a ponderar um plano B: esperar para ver a evolução do caos, lançar o PoD em Julho como programado, mas atrasar o FID.

 

Uma das razões para esta decisão é a falta de informação sobre a escalada de violência. As multinacionais queixam-se em privado de não receberem do governo moçambicano dados concretos da situação no terreno, o que lhes limita a capacidade de decisão sobre a dimensão de investimento na sua auto-protecção. Todas as multinacionais que operam em Cabo Delgado contam com segurança própria, que protege as suas instalações dentro de dado perímetro, cabendo às Forças de Defesa e Segurança a garantia de que todas as operações no exterior dos acampamentos sejam seguras.

 

Na sexta-feira, isso não se verificou. A Anadarko foi atacada. O facto está a causar um profundo mal-estar no seio dos investidores. Nas “boardrooms” locais da indústria extractiva questiona-se com insistência as razões por que o Governo não responde a uma oferta feita pelo Governo americano, há meses, de apoiar na eliminação dos insurgentes. 

 

No passado dia 7 de Fevereiro, aquando do encerramento da operação "Cutless Express” (que juntou forças navais de vários países africanos e a armada americana em treinos conjuntos), Brian Hunt, o encarregado de negócios da Embaixada Americana em Maputo, confirmou que uma oferta tinha sido feita, mas que cabia ao governo de Maputo fornecer informação sobre se a mesma seria aceite ou declinada. O silêncio do Governo é visto como “estranho”, sobretudo quando, como aconteceu na última quinta-feira, os insurgentes atacaram directamente um dos principais investidores no terreno. (M.M.)

Segundo dados preliminares da empresa Eletricidade de Moçambique (EDM), fornecidos ontem, mais de 28 mil famílias (aproximadamente 28.200) nas províncias de Maputo e Gaza ficaram sem energia eléctrica na sequência do mau tempo registado na noite do último sábado, caracterizado por intensas chuvas acompanhadas de ventos fortes e trovoadas.

 

A EDM diz que foi na província de Gaza onde houve o maior número de afectados, sobretudo na capital provincial Xai-Xai, com 22 mil clientes daquela empresa a ficarem sem electricidade devido aos danos no sistema elétrico. O porta-voz da EDM em Gaza, Edson Loforte, afirmou que na cidade de Xai-Xai ficou interrompida a linha de média tensão que liga Chongoene e Chibuto, a partir da subestação de Chicumbane, tendo ficado afectados 22 mil clientes. Igualmente interrompeu-se a linha de média tensão que liga Zongoene a partir da subestação de Chicumbane, afectando 1200 clientes. Em Xai-Xai está fora de serviço a subestação de Tavane, situação que afectou vários clientes da EDM, incluindo o Hospital Provincial de Gaza. De acordo com Loforte, os danos causados pelo vendaval ainda estão por contabilizar.

 

Perdas na província de Maputo

 

Quanto às perdas provocadas pelo vendaval de sábado passado na província de Maputo, o porta-voz da EDM nesta região, Neves Xavier, disse que foram de aproximadamente um milhão e quinhentos mil Mts, resultantes da destruição de 30 postes de média tensão, dos quais 24 na zona de Sapat, próximo a portagem da Moamba, para além da avaria de um Posto Transformador (PT) localizado no bairro Zona Verde.

 

Em Maputo ficaram destruídos nove para-raios, equipamento que protege os PT das descargas atmosféricas, bem como dois pórticos, postos nos quais faz-se a montagem e fixação de todos os acessórios de um PT.  

 

A vila da Namaacha também terá ficado sem energia eléctrica como consequência do vendaval de sábao à noite. No que respeita ao número de pessoas que ficaram sem electricidade, Neves Xavier disse que foram cinco mil na província de Maputo.   

 

Equipas no terreno

 

Os porta-vozes da EDM garantem aos clientes ainda afectados que a energia eléctrica será resposta o mais rápido possível, para o que as equipas daquela empresa encontram-se no terreno a efectuar trabalhos de reparação. (Evaristo Chilingue)

segunda-feira, 25 fevereiro 2019 06:05

Seis mortos e vários feridos em Cabo Delgado

Seis pessoas morreram e várias ficaram feridas na sequência de um novo ataque no distrito de Macomia, na província de Cabo Delgado, norte de Moçambique, disseram ontem à Lusa fontes locais. O ataque ocorreu por volta das 13:00 de sábado, quando uma viatura de transporte de passageiros que seguia numa estrada de terra batida que liga o distrito de Macomia à sede do posto administrativo de Mucojo foi intercetada por um grupo desconhecido, explicaram as fontes.

 

O grupo armado disparou contra a viatura para que o motorista parasse, tendo posteriormente invadido o veículo e matado seis pessoas, entre as quais uma criança. Várias pessoas foram feridas durante o ataque, onde o motorista e o cobrador foram posteriormente levados ao Hospital Provincial de Pemba para assistência.

 

Este ataque aconteceu a mais de 100 quilómetros a sul de local onde na quinta-feira a petrolífera norte-americana Anadarko sofreu dois ataques relacionados, que resultaram em um morto e seis feridos. (Carta)