Sir Motors
Por: Marcelo Mosse
Depois que VM7 sugeriu, no seu “live” de quarta-feira, a imposição de uma “moratória fiscal” para as “mamanas” do comércio informal transfronteiriço, quase que obrigando a que Estado se demitisse de suas funções soberanas no comércio internacional em Ressano Garcia, com efeitos nefastos não só para o fisco mas também uma janela de oportunidade para o contrabando e outras traficâncias, as Forças de Defesa e Segurança decidiram agir e impor ordem. E na quinta-feira,12, por volta das 18 horas, houve disparo de gás lacrimogéneo e tiros, eventualmente com vítimas. Os manifestantes haviam praticamente tomado a fronteira do lado de cá.
Na manhã de Quarta-feira, dezenas de viaturas carregadas de mercadoria diversa atravessou a fronteira de Ressano sem passar pelo fisco e outro tipo de inspecção. O argumento de VM7 era o de que da tal “moratória fiscal” destinava-se apenas às “mukheristas”, mas o volume de mercadoria que tem vindo a entrar no país levantou suspeitas, nomeadamente a de que algumas viaturas poderiam transportar carga de contrabando, drogas ou até armas. Por isso, a imposição da força castrense.
Aliás, há quem pense que já não era sem tempo, sobretudo nos meandros do sector privado. A situação do bloqueio da fronteira de Ressano Garcia pelos manifestantes afectos ao venancismo já se vem alastrando há quase uma semana, com graves prejuízos para o erário público, para os negócios e para a segurança pública.
Por outro lado, nesta semana, as autoridades sul-africanas lançaram a um alerta de precaução dos seus seus cidadãos relativamente à entrada em Moçambique através de Ressano Garcia, sugerindo outros postos fronteiriços no Sul.
