A ministra do Interior moçambicana, Arsénia Massingue, confirmou que estão em curso os procedimentos legais para a extradição de Ismael Malude Ramos Nangy, de 50 anos, o alegado mandante de raptos em Moçambique, detido sábado na vizinha África do Sul.
A ministra falava na manhã desta segunda-feira, em Maputo, à margem das comemorações do sexto aniversário da criação do Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC). Segundo Massingue, a detenção de Nangy decorre de um mandado de detenção internacional expedido pelas autoridades moçambicanas.
“O próximo passo, uma vez que o indivíduo ainda se encontra na África do Sul, é que as nossas instituições de justiça sejam formalmente notificadas. Até ao momento, temos acompanhado a detenção através da imprensa”, disse Massingue, acrescentando que “após a notificação das instituições de justiça, serão tomadas outras diligências para a sua extradição”.
Por se tratar de um caso complexo e delicado, disse o ministro, as autoridades não podem dar muitos detalhes mas, neste momento, os trabalhos estão a decorrer e “oportunamente poderá ser revelado”.
A detenção deste indivíduo, segundo a imprensa sul-africana, surge no seguimento de uma parceria multidisciplinar que integra membros da Célula de Planeamento Trilateral (TPC), órgão constituído pelos Ministérios do Interior de Moçambique, Sul-Africano e Tanzaniano, e pela Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol).
Massingue disse ainda que, em 2022, foram conhecidos 13 casos de raptos, 10 dos quais foram esclarecidos. 33 pessoas foram detidas em conexão com esses crimes. (AIM)