O Millennium bim decidiu cancelar a comemoração do seu 25º aniversário e doar todo o orçamento das actividades alusivas à efeméride ao Hospital Central de Maputo, para apoio no combate à Covid-19.
Com efeito, o Millennium bim vai doar uma verba de 15 milhões de meticais que tinha sido alocada às festividades dos 25 anos para o apetrechamento da maior unidade sanitária do país, concretamente nos serviços de Medicina e o Bloco Operário, e compra de equipamento de protecção hospitalar para profissionais de saúde, nomeadamente, máscaras, protectores faciais, macacões impermeáveis e barretes de pano.
As intervenções patrocinadas pelo banco incluem a reabilitação de uma área de pneumatologia, que passará a ter um novo e moderno sistema de gás, com ventiladores, criando condições para o melhor tratamento e combate ao Covid-19 e de outras doenças respiratórias que afligem os moçambicanos.
Esta decisão foi tomada face aos novos desenvolvimentos decorrentes do surto da pandemia do coronavírus no mundo, particularmente em Moçambique, e tendo em consideração os mais altos interesses na protecção dos moçambicanos. O Programa comemorativo ora cancelado incluía um conjunto de actividades de âmbito cultural, desportivo e de responsabilidade social, retratando os 25 anos de história, os valores e a dedicação do banco aos moçambicanos.
O PCA do Millennium bim, Rui Cirne Fonseca, considera que esta é uma atitude simbólica, “num momento, em que todos os esforços nacionais devem estar no combate e prevenção ao coronavírus”. Por outro lado, considera Fonseca, “reafirma o compromisso do banco com a sociedade moçambicana, dando uma resposta de claro apoio e prontidão num momento de grande adversidade como este.”
Rui Fonseca não deixa de reconhecer o importante papel dos colaboradores do Millennium bim que, na sua óptica, “são profissionais profundamente empenhados e responsáveis pela robustez e pelo excelente desempenho do banco”. “Numa altura como esta, os nossos colaboradores demostram também o seu bom senso e altruísmo, ao deixar de festejar uma data tão importante para apoiar os moçambicanos”, sublinhou.
O Millennium bim vai continuar a trabalhar para oferecer as melhores soluções integradas de produtos e serviços bancários que respondam, com eficiência, às necessidades dos clientes, incentivando o uso, cómodo e seguro, de canais digitais.
Moçambique caiu uma posição no Índice Mundial sobre a liberdade de Imprensa, em 2020. A avaliação é da Reporters Without Borders (Repórteres Sem Fronteiras, na tradução para língua portuguesa).
Deste modo, Moçambique saiu da posição 103 (32.66), de 2019, para 104 em 2020 com 39.77 pontos, num ranking em que foram avaliados um total de 180 países. A posição 180 é ocupada pela Coreia do Norte, afamada pelo seu controlo serrado à indústria mediática.
O silenciamento das informações (news blackout) sobre o terror que se vive em Cabo Delgado, desde Outubro de 2017, contribuiu para que o país caísse uma casa na avaliação global sobre a liberdade de imprensa no mundo. Refere a Reporters Without Borders que hoje é impossível escalar a nortenha província de Cabo Delgado sem correr o risco de ser preso e que dois jornalistas chegaram a ser detidos e acusados de atentar contra a soberania do Estado.
Adiante, a retromecionada organização refere que o “information blackout” abrange os órgãos de comunicação social estrangeiros, que têm enfrentado dificuldades para receber autorização para cobrir os acontecimentos naquela província. Anota, igualmente, que o surgimento de novos meios de comunicação no país é dificultado pelas elevadas restrições administrativas e financeiras.
Moçambique é seguido pelo Montenegro na posição 105 (com 33.83); e mais dois países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), nomeadamente, Angola na posição 106 (33.92 pontos) e Brasil na posição 107 (34.05 pontos).
A primeira posição do ranking é ocupada pela Noruega com 7.84 pontos. As restantes posições são ocupadas, sequencialmente, pela Finlândia (7.93); Dinamarca (8.13); Suécia (9.25); e a Holanda (9.96).
A vizinha Namíbia é o país africano com a melhor classificação. Actualmente, ocupa a 23ª posição, a mesma registada no ano passado. Refere a organização que a liberdade de imprensa continua firme na Namíbia. Esta conclusão assenta no facto de a liberdade continuar, genuinamente, protegida pela Constituição e defendida pelos tribunais, não obstante alguns ataques.
Também melhor classificado entre os países africanos, isto depois da Namíbia, está Cabo Verde, na destacada 25ª posição com 20.15 pontos. Na verdade, o posicionamento deste ano é a manutenção da classificação alcançada no anterior.
Contribuiu para a manutenção da classificação do ano anterior a contínua ausência de ataques contra jornalistas e uma “excepcional” liberdade de imprensa.
Os outros países africanos relativamente “bem classificados” são Madagáscar (27.68), Guiné-Bissau (32.06) e Kenya (33.72), nas posições 54, 94 e 103, respectivamente. (Ilódio Bata)
O Governo, através do Instituto Para Promoção de Pequenas e Médias Empresas (IPEME), inaugurou, semana finda, uma incubadora de empresas na província de Manica. Avaliada em cerca de 700 milhões de Meticais, a incubadora é, na essência, uma plataforma de promoção, formação, assistência de micro, pequenos e médios negócios (MPME´s) e de intermediação e demonstração tecnológica simples e adequadas ao meio rural.
A concepção da incubadora visa apoiar e transformar ideias em projectos de negócios sustentáveis e de impacto locais, bem como transformar e adicionar valor a micro e pequena produção local (industrialização rural). Erguido pelo Governo, com apoio do Executivo indiano e não só, a plataforma visa ainda promover, estruturar, gerar e fortalecer micro e pequenos negócios, para além de demonstrar, replicar e facilitar o acesso a tecnologias simples e adequadas ao meio rural.
Erguido com foco na camada juvenil empreendedora (incluindo estudantes finalistas) e cooperativas de produtores, MPME´s locais (incluindo o grande retalho), a incubadora tem como meta principal gerar emprego e autoemprego local e rural, estimulando a produção nacional.
Para a materialização desse desiderato, a incubadora oferece um complexo de máquinas de demonstração tecnológica de produção e embalagem de pregos; de guardanapos e papel higiénico; padaria e pastelaria; processamento e embalagem de trigo/milho; de óleo de soja e de amendoim; de maçã/manga/laranja e frutas da época; manteiga de amendoim e castanha de caju; batata chips e pré-processamento e embalagem de vegetais.
Em nota enviada à “Carta”, o IPEME explica que a escolha de Manica resultou do facto de a província ser geoestratégica e agro-ecológica e por albergar a delegação regional centro do IPEME com um serviço de assistência ao empreendedorismo juvenil, empresarial rural e local no âmbito do desenvolvimento do Vale do Zambeze e no suporte ao acesso ao financiamento de linhas bonificadas e específicas para o empreendedorismo e agro-negócio.
No documento, o IPEME salienta que o modelo de gestão da incubadora que começará a funcionar assim que a pandemia da Covid-19 estiver controlada, será público-privada com engajamento de outros parceiros intervenientes no fomento e apoio ao desenvolvimento de cadeias de valor, sector financeiro bonificado e comercial para financiamento à aquisição de tecnologias e start up business. (Evaristo Chilingue)
O Conselho Autárquico da Cidade de Vilankulo iniciou, semana finda, a distribuição de cesta básica e máscaras para idosos e outros carenciados. O kit da cesta básica é composto por arroz, farinha de milho, açúcar, feijão, óleo de cozinha e produtos de higiene que irá beneficiar cerca de 600 famílias. Os produtos são avaliados em 10 mil USD e são fruto de uma parceria com o município da cidade de Aalen, na Alemanha.
As máscaras artesanais irão ajudar a proteger os idosos, considerados um grupo de alto risco na contaminação com o novo coronavírus.
O Presidente do Conselho Autárquico da Cidade de Vilankulo, William Tunzine, disse que com esta iniciativa pretende-se assegurar que os idosos fiquem em casa a cuidar da sua saúde sem se preocupar em ir à rua em busca de alimentos.
Tunzine realçou que o Conselho Autárquico de Vilankulo vai continuar a mobilizar apoio junto dos seus parceiros para assistir mais famílias desfavorecidas, neste período da situação do coronavírus.
No âmbito dos esforços globais de prevenção e combate à Covid-19, decorre igualmente, em Vilankulo, a campanha de desinfecção de viaturas e espaços públicos. A actividade ganhou mais consistência esta semana, com a mobilização de camiões-cisternas. (Carta)
A MultiChoice Moçambique procede ao lançamento hoje, 27 de Abril, nas suas plataformas DStv e GOtv, do canal de ensino “Telescola”, uma iniciativa do Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano (MINEDH) com objectivo de assegurar a continuidade do processo de ensino-aprendizagem durante a interrupção das aulas normais, devido ao avanço da pandemia da Covid-19.
O canal “Telescola” apresentará programação educacional, cobrindo diferentes níveis de ensino, desde o primário, secundário, ensino técnico-profissional, educação de adultos e formação professores.
O canal é uma excelente plataforma de ensino-aprendizagem e pretende também preparar os alunos para a reabertura das escolas, fornecendo aulas diariamente, das 8 as 20 horas. Os conteúdos do canal versam sobre alfabetização, numeracia e matemática, ciências naturais, línguas (inglês e francês), orientação para a vida, educação visual, educação física, entre outros.
O canal “Telescola” estará disponível para todos os subscritores da plataforma DStv dos pacotes Fácil, Família, Grande, Grande Mais e Bue, na posição 572 e GOTV, nos pacotes Lite, Essencial, Plus e Max, na posição 58, o que permitirá a muitos alunos continuarem a aprender sem precisarem de sair de casa.
O lançamento deste canal vem complementar outros esforços em curso, que visam garantir e assegurar conteúdo infantil e educacional acessível aos clientes GOtv e DStv, com destaque para adição do canal educacional Panda (canal 574) ao pacote DStv Fácil. Por outro lado, os telespectadores da GOtv estão a beneficiar do canal Panda (canal 64) e Da Vinci (Canal 66), agora disponíveis no pacote GOtv Plus.
O lançamento das recentes ofertas DStv Conte Connosco e GOtv Cuida de Ti permite que clientes activos e desconectados da DStv e GOtv que recarreguem e reconectem as suas contas possam visualizar um pacote acima para desfrutar de uma experiência de visualização mais ampla, que inclui uma diversidade de conteúdos infantis e educacionais.
Agnelo Laice, Director Geral da Multichoice Moçambique, afirma que “a nossa prioridade é colocar os clientes no centro de tudo o que fazemos. Entendemos os momentos, em que nossos clientes estão a atravessar bem como todas as incertezas associadas a ele. Por isso, oferecendo canais abertos e a nova campanha é uma maneira de mostrar aos nossos clientes que cuidamos deles e agradecemos por estarem sempre conectados a nós e, neste momento desafiador, estar em segurança com suas famílias”.
Se a memória não me atraiçoa, lá para 94/95 Nelson de Sousa chega a Maputo e integra-se nos quadros da Rádio Moçambique, nos tempos em que a instituição era dirigida por Manuel Veterano. Sua especialidade: humor.
Era uma coisa que faltava na Rádio. A nossa rádio pública era, tal como definiu um dia o escritor Luís Bernardo Honwana, uma instituição “cinzenta, do tipo Sherlock Holmes”. Era preciso fazer perceber que a vida também é feita de sorrisos e de risos. E assim, com o tempo se foi montando o “Ntachakwatika Nzero”, que teve o seu embrião, por força de alguma insistência da minha colega Luisa Menezes, lá para as bandas da “Cabeça do Velho’, onde, timidamente, no Emissor Provincial local, iniciou a sua actividade de contador de histórias, com humor.
O linguajar do povo veio para a Rádio, na conta, peso e medida certa. Em programa semanal de grande audiência, subrepticiamente a crítica estava subjacente. Muitos se viram retratados por aquele que inventou um conjunto de “bordões”, que só ele sabia inventar.
Ntachakwa veio da música. Do grupo musical “Crypton”, no “Cigano”, do tempo de Chico Ventura, Mussa Lacá e outros. Do tempo em que todos éramos “dançadores sem problemas nos joelhos”. Tem a sua colaboração inscrita num dos CD’s de Célio Figueiredo.
Num determinado momento da sua carreira juntou-se a outros dois humoristas, nomeadamente Búfalo e Wantsongo com quem deu continuidade à série de programas de humor da Rádio Moçambique.
Nestas minhas breves e sentidas linhas de homenagem a um grande humorista, com quem tive a possibilidade de aprender e partilhar momentos importantes da radiodifusão moçambicana, transcrevo, com a devida vénia, a mensagem que acabo de receber, do nosso poeta, escritor, autor teatral e jornalista Luís Carlos Patraquim: “O humor é uma inteligência. Ficará connosco, mesmo quando só esboçarmos um sorriso triste. A sua memória ajudar-nos-á a sermos mais outros, o outro em nós”. Descansa em Paz Ntchwatika.
* Retirado da sua página no Facebook.