Desde o passado domingo que o deputado António Muchanga, da Renamo, é tema de conversa nas esquinas, transportes públicos e semi-colectivos de passageiros e, sobretudo, nas redes sociais. Se, em outras ocasiões, é pelos seus pronunciamentos quase sempre “incendiários” e “vexatórios”, mormente direccionados aos seus “adversários políticos”, desta vez, é pelas piores razões. Foi escorraçado de um programa televisivo, o “Pontos de Vista”, do canal privado STV, devido ao seu avançado estado de embriaguez.
Inúmeras foram as reacções à volta do assunto, sendo a condenação, indignação e repulsa à atitude do deputado do maior partido da oposição do xadrez político nacional o denominador comum. Esta terça-feira, 48 horas depois do deplorável episódio, o partido quebrou o silêncio. E não fez diferente dos outros segmentos da sociedade moçambicana. Através do seu respectivo porta-voz e também deputado da Assembleia da República (AR), José Manteigas, disse que é uma atitude que “envergonha o partido”.
O partido Renamo, para além de considerar vergonhosa a atitude do seu membro sénior, disse não ser cultura no seio daquela organização político-partidária instruir os seus membros e representantes a ingerir bebidas alcoólicas e, seguidamente, participar em debates, sejam eles televisivos, radiofónicos ou em qualquer outro tipo evento.
José Manteigas avançou que o partido envia sim seus representantes para os mais variados programas (de rádio ou televisão), mas a postura ou atitude é mesmo uma questão individual. Por este facto, anotou Manteigas, não cabia a uma outra pessoa senão ao próprio António Muchanga explicar as razões que o motivaram a apresentar-se bêbado ao aludido programa televisivo, no passado domingo, onde estavam também representantes das outras duas formações com assento na AR, nomeadamente da Frelimo e o Movimento Democrático de Moçambique.
“Nós destacamos quadros para participar em debates nos mais variados painéis em canais televisivos. Quando a pessoa vai ao programa, de facto, é em representação do partido Renamo. Mas a postura é mesmo do indivíduo. A Renamo não instrui os seus quadros a beber uma garrafa de whisky e depois ir a um programa de televisão. A atitude do colega foi mesmo a título pessoal. A postura é individual. Pretendendo obter esclarecimentos sobre a razão daquela atitude, querendo, pode contactar o colega António Muchanga. Só ele está em condições de explicar as razões para ter agido daquela forma”, disse José Manteigas.
António Muchanga, proeminente membro da Renamo, cumpre, na presente legislatura (a nona) o seu segundo mandato consecutivo. Chegou a deputado da AR via círculo eleitoral da província de Maputo. No mais alto e importante órgão legislativo do país, Muchanga é temido, pelo menos entre os seus pares, precisamente pelos seus ataques, sendo aspectos relacionados à vida privada a sua principal arma.
Adiante, o porta-voz da Renamo avançou, embora sem revelar quais, que o partido vai tomar medidas em relação à atitude de António Muchanga. A par de considerar um assunto interno cuja mediatização era desnecessária, Manteigas sublinhou que o deputado Muchanga será convocado pelos órgãos do partido para, em audição, explicar o que, de facto, aconteceu no passado domingo.
“É um assunto interno. Internamente, o partido vai tomar medidas. Nós como partido vamos sentar com ele e conversar. São coisas internas e que não é necessário expor na imprensa”, avançou Manteigas.
Importa, no entanto, fazer menção que não é a primeira vez que António Muchanga faz a combinação álcool e a participação num programa televisivo (debate televisivo). Num passado não muito distante, igualmente, em debate televisivo num outro canal, António Muchanga apresentou-se alcoolizado, tendo o facto sido denunciado pelo seu colega de painel, o político Miguel Mabote. Muchanga nunca chegou, pelo menos publicamente, a desmentir a acusação de Miguel Mabote.
No passado domingo, o deputado da Renamo foi, recorde-se, convidado pelo apresentador e moderador do retromencionado programa, Jeremias Langa, a retirar-se do programa, por este último ter constatado que o mesmo não se encontrava em condições de participar do programa.
António Muchanga foi tirado do ar poucos minutos após o início do programa “Pontos de Vista”. Apenas teve espaço para apresentar o seu facto da semana que esteve relacionado com a mudança da alcunha da selecção nacional de futebol, os “Mambas”. Na sua enrolada alocução (caracterizada pela deficiente articulação das palavras) sugeriu que os moçambicanos devem votar na “alcunha rinoceronte” por ser um animal com maior valor em Moçambique e por também ser mote para a condenação a penas pesadas de vários cidadãos no país.
Nas Eleições Gerais de Outubro último, António Muchanga foi candidato a Governador da província de Maputo. Consta ainda do seu currículo o facto de ter concorrido à presidência do Conselho Municipal da Cidade da Matola nas eleições autárquicas de 2013 e 2018. (Carta)
Um agente económico da vila-sede de Nangade, província de Cabo Delgado, que se dedica à comercialização de acessórios de bicicletas, é dado como desaparecido desde a noite da passada sexta-feira. De acordo com as fontes, o indivíduo terá sido raptado, na sua própria residência, e o acto é atribuído às Forças de Defesa e Segurança (FDS), que há muito têm sido conectadas ao rapto e/ou desaparecimento de agentes económicos nos distritos afectados pelos ataques terroristas.
Segundo as fontes, este não é o único caso de desaparecimento de agentes económicos verificado na vila-sede do distrito de Nangade, nas últimas semanas. Os residentes daquele ponto do país reportam ainda o desaparecimento de mais três agentes económicos, que também se alega terem sido raptados pelas FDS.
A alegação, apurou a “Carta”, deve-se ao facto de os agentes económicos serem rotulados como financiadores do grupo terrorista. Aliás, tal como os garimpeiros, os agentes económicos na província de Cabo Delgado, em particular dos distritos afectados pelos ataques, são vistos como “correctores” da logística do grupo que aterroriza aquela província desde Outubro de 2017.
Referir que para além dos agentes económicos, os residentes do distrito de Nangade registaram também o desaparecimento de três jovens, que se acredita terem sido raptados pelos insurgentes. (Carta)
(Ilegível)
Os três fuzileiros navais, detidos em meados de Abril, no distrito de Ibo, província de Cabo Delgado, encontram-se no Estabelecimento Penitenciário de Máxima Segurança da província de Cabo Delgado, que se localiza a 40 Km da Cidade de Pemba.
A confirmação foi dada à “Carta”, este sábado, por familiares de um dos detidos, que dizem ter tido a informação há duas semanas, depois de longos dias de tentativas de localização do estabelecimento penitenciário, onde o seu ente-querido se encontrava. De acordo com as fontes, após a sua chegada na cidade de Pemba, um dos militares terá efectuado uma chamada telefónica a informar a família que “estava com problemas”, mas sem revelar quais e muito menos a sua localização.
A família que conversou com a nossa reportagem disse ter-se deslocado à Procuradoria Provincial de Cabo Delgado, à delegação do Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) naquele ponto do país, à Base Naval e aos Tribunais, mas nenhuma destas instituições tem processo contra os fuzileiros. A família, que teme por represálias por despoletar o caso à imprensa, diz que só se comunica com o filho, através de correspondências, pois, não são permitidos visitar o filho no Estabelecimento militar.
De acordo com as fontes, os três militares terão sido detidos supostamente por terem agredido um parente do Administrador do Ibo, Issa Tarmamade. No dia da detenção, contou uma fonte militar, os três fuzileiros terão interpelado o referido cidadão que, durante o interrogatório, alegadamente terá confessado que estava a analisar o posicionamento dos militares naquele quartel, localizado no distrito de Ibo.
“Carta” contactou uma fonte da direcção do Estabelecimento Penitenciário de Mieze, que explicou haver muitos casos similares, mas que o Estabelecimento não questiona e nem problematiza as situações em que os indivíduos são detidos, apenas cumpre ordens. Garantiu, aliás, que a direcção da Penitenciária ficou indignada, quando foi apresentada os três fuzileiros.
Refira-se que um dos detidos é Rui António Busquete, natural de Montepuez, e que pertence ao quadro das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM), desde Abril de 2017, após concluir a formação no 42º curso da instrução básica militar, na especialidade de fuzileiros navais. (O.O, P.M e Carta)
O maior partido da oposição, no xadrez político nacional, a Renamo, pronuncia-se esta manhã sobre a expulsão do deputado António Muchanga de um programa televisivo, acto tido lugar domingo último. A garantia foi dada à “Carta de Moçambique”, ao princípio da noite ontem, pelo deputado e porta-voz do partido, José Manteigas.
Entretanto, referir que poucos minutos após o nosso jornal ter chegado à fala com José Manteigas, o partido fez circular uma nota de imprensa dando conta de que Ossufo Momade, Presidente da Renamo, fará, na manhã de hoje, uma comunicação à Nação. A nota, no entanto, não é explícita, como sempre, sobre o objecto da comunicação.
O deputado António Muchanga, eleito pelo círculo eleitoral da província de Maputo, foi expulso na noite do passado domingo do programa “Pontos de Vista”, veiculado pelo canal privado STV, devido ao seu avançado estado de embriaguez.
O deputado da Renamo foi convidado pelo apresentador e moderador do retromencionado programa, Jeremias Langa, a retirar-se do programa, por este último ter constatado que o mesmo não se encontrava em condições de continuar o debate com a lucidez e discernimento.
António Muchanga, conhecido pelo seu verbo afiado, foi retirado poucos minutos após o início do programa. Apenas teve espaço para apresentar o seu facto da semana, que esteve relacionado à mudança da alcunha da selecção nacional de futebol, os “Mambas”. Na sua enrolada alocução (caracterizada pela deficiente articulação das palavras) sugeriu que os moçambicanos devem votar na “alcunha rinoceronte” por ser um animal com maior valor em Moçambique e por também ser mote para a condenação a penas pesadas de vários cidadãos no país.
Do programa “Pontos de Vista” tomam parte os representantes dos três partidos com assento parlamentar, nomeadamente a Frelimo, a Renamo e o Movimento Democrático de Moçambique. Esta segunda-feira, “Carta” tentou sem sucesso ouvir António Muchanga. Os telemóveis do deputado da Renamo encontram-se fora de serviço.
Momentos antes de ser expulso do programa
Não era, na verdade, António Muchanga quem devia ter estado na edição do programa “Pontos de Vista” do passado domingo, soube “Carta Moçambique” de fonte próxima. Tudo começou com a indisponibilidade manifestada pelo representante residente da Renamo no programa, o deputado Eduardo Namburete, tendo o partido, por contingência, enviado o também deputado António Muchanga. António Muchanga já, em outras ocasiões, substituiu Eduardo Namburete no aludido programa.
Fonte da “Carta” contou que António Muchanga foi chamado à última da hora para o programa. E, pelo facto, narrou a fonte, chegou a escassos minutos do início do programa. Ou seja, chegou atrasado, numa altura em que seus “colegas do painel”, nomeadamente Feliz Sílvia (Frelimo) e Silvério Ronguane (MDM), já se encontravam no interior do Estúdio.
Tal como confidenciou ao nosso jornal, o espectáculo de que foi protagonista o deputado da Renamo começou ainda na caracterização. Foi naquele sector (caracterização) que a maquilhadora apercebeu-se do estado ébrio do deputado da Renamo. Narrou a nossa fonte que a maquilhadora ainda tentou alertar o realizador do programa do estado ébrio de António Muchanga, mas foi em vão. O realizador, pressionado pelo aproximar da hora do arranque do programa, ignorou os alertas e comunicou lo apresentador do programa da chegada de António Muchanga que, seguidamente, entrou para o estúdio e ocupou o seu assento, bem próximo de Jeremias Langa.
O programa iniciou e António Muchanga, com claros sinais de embriaguez, foi corrido cinco minutos depois. Na sua primeira intervenção (apresentação do facto da semana), sequer conseguiu construir um argumento, sobressaindo a debilidade na articulação das palavras. Vendo a incapacidade manifesta do deputado da Renamo, isto depois de questioná-lo se estava mesmo em condições de tomar parte do programa, Jeremias Langa chamou o intervalo e, de seguida, mandou-o para casa. (Carta)
Por ocasião do dia do Metical, que se assinalou no dia 16 de Junho, o BCI promoveu uma acção de educação financeira no distrito de Morrumbene, província de Inhambane, através de uma palestra proferida por Francisco Miguel Bernardo, colaborador afecto à Agência do BCI, naquele ponto do País.
Numa iniciativa do governo do distrito de Morrumbene, através do Serviço Distrital de Educação, Juventude e Tecnologia, a palestra foi difundida, em directo, na Rádio Millennium, cujo raio de radiodifusão alcança, para além de Morrumbene, os distritos de Massinga, Maxixe, parte da cidade de Inhambane e localidades circunvizinhas.
Centrando a sua intervenção no valor do Metical, na importância do dinheiro e nos desafios da prevenção da Covid-19, Francisco Bernardo incidiu ainda sobre o papel do sistema financeiro, as formas alternativas de poupança, o desafio de poupar em tempos de crise e sobre as formas de disciplinar as finanças pessoais e familiares.
Após uma breve resenha histórica sobre a moeda nacional e contextualizado o momento actual que o país e o mundo atravessam, o palestrante particularizou, ao longo da sua intervenção, as medidas que o BCI tem vindo a levar a cabo perante este cenário de pandemia. Afirmou que, como em todo o país, em Morrumbene o Banco introduziu medidas preventivas, visando proteger clientes, colaboradores e demais utentes, no âmbito da luta contra a propagação da Covid-19, entre as quais a demarcação do pavimento, com vista a assegurar o distanciamento necessário; a limitação do número de pessoas no interior da agência; o uso obrigatório de máscaras; a disponibilização de meios de higienização e o respeito das etiquetas recomendadas pelas autoridades de saúde.
Salientou ainda o reforço que o Banco efectuou da sua capacidade para permitir uma utilização mais intensiva dos canais alternativos, potenciando a vasta rede de ATM, de POS e plataformas alternativas, como os Canais daki via Internet (eBanking) e APP BCI, o Whatsapp daki e o Celular daki, que para além do pagamento com cartão ou através de meios digitais, possibilitam a realização de operações bancárias de forma cómoda e segura, em alternativa à deslocação a uma unidade de negócio.
Refira-se que em Morrumbene, distrito situado na parte central da província de Inhambane, o BCI dispõe de uma unidade de negócio, dois ATM e 23 POS. Na província de Inhambane, o BCI tem 13 unidades de negócio, 31 ATM e 806 POS, e a nível nacional, o Banco conta com um total de 210 unidades de negócio, 586 ATM e 15.785 POS.(Carta)