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quarta-feira, 29 abril 2020 07:55

Moçambique cai uma posição no ranking sobre liberdade de imprensa

Moçambique caiu uma posição no Índice Mundial sobre a liberdade de Imprensa, em 2020. A avaliação é da Reporters Without Borders (Repórteres Sem Fronteiras, na tradução para língua portuguesa).

 

Deste modo, Moçambique saiu da posição 103 (32.66), de 2019, para 104 em 2020 com 39.77 pontos, num ranking em que foram avaliados um total de 180 países. A posição 180 é ocupada pela Coreia do Norte, afamada pelo seu controlo serrado à indústria mediática.

 

O silenciamento das informações (news blackout) sobre o terror que se vive em Cabo Delgado, desde Outubro de 2017, contribuiu para que o país caísse uma casa na avaliação global sobre a liberdade de imprensa no mundo. Refere a Reporters Without Borders que hoje é impossível escalar a nortenha província de Cabo Delgado sem correr o risco de ser preso e que dois jornalistas chegaram a ser detidos e acusados de atentar contra a soberania do Estado.

 

Adiante, a retromecionada organização refere que o “information blackout” abrange os órgãos de comunicação social estrangeiros, que têm enfrentado dificuldades para receber autorização para cobrir os acontecimentos naquela província. Anota, igualmente, que o surgimento de novos meios de comunicação no país é dificultado pelas elevadas restrições administrativas e financeiras.

 

Moçambique é seguido pelo Montenegro na posição 105 (com 33.83); e mais dois países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), nomeadamente, Angola na posição 106 (33.92 pontos) e Brasil na posição 107 (34.05 pontos).

 

A primeira posição do ranking é ocupada pela Noruega com 7.84 pontos. As restantes posições são ocupadas, sequencialmente, pela Finlândia (7.93); Dinamarca (8.13); Suécia (9.25); e a Holanda (9.96).

 

A vizinha Namíbia é o país africano com a melhor classificação. Actualmente, ocupa a 23ª posição, a mesma registada no ano passado. Refere a organização que a liberdade de imprensa continua firme na Namíbia. Esta conclusão assenta no facto de a liberdade continuar, genuinamente, protegida pela Constituição e defendida pelos tribunais, não obstante alguns ataques.

 

Também melhor classificado entre os países africanos, isto depois da Namíbia, está Cabo Verde, na destacada 25ª posição com 20.15 pontos. Na verdade, o posicionamento deste ano é a manutenção da classificação alcançada no anterior.

 

Contribuiu para a manutenção da classificação do ano anterior a contínua ausência de ataques contra jornalistas e uma “excepcional” liberdade de imprensa.

 

Os outros países africanos relativamente “bem classificados” são Madagáscar (27.68), Guiné-Bissau (32.06) e Kenya (33.72), nas posições 54, 94 e 103, respectivamente. (Ilódio Bata)

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