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quarta-feira, 06 fevereiro 2019 08:11

Gás do Norte de Moçambique vai abastecer energéticas do Japão e Reino Unido

O consórcio liderado pela petrolífera Anadarko, que vai explorar gás natural no Norte de Moçambique, anunciou ontem que vai vender 2,6 milhões de toneladas por ano (MTPA) às empresas Tokyo Gas (Japão) e Cêntrica (Reino Unido).

 

O contrato conjunto prevê o fornecimento a partir da data de exploração, dentro de quatro a cinco anos, até ao início da década de 2040, referiu a Anadarko em comunicado. O anúncio foi feito no mesmo dia em que a petrolífera fechou um acordo de venda de gás natural à petrolífera Shell. 

 

"Este contrato de compra conjunto inovador com a Tokyo Gas e a Centrica irá garantir um fornecimento fiável de gás natural limpo para ajudar a satisfazer a procura de energia no Japão e na Europa", disse Mitch Ingram, vice-presidente executivo da Anadarko para o pelouro Internacional, de Águas Profundas e Pesquisa.

 

O dirigente é citado no comunicado da empresa.

 

A petrolífera pretende corresponder ao "desejo do Governo japonês para o fornecimento de Gás Natural Liquefeito (GNL) a longo prazo, flexível e a preços competitivos, de modo a gerir proativamente as flutuações da procura nos seus mercados domésticos e a aumentar a sua segurança energética nacional". Segundo a empresa, "com a expectativa de uma crescente procura de GNL em todo o mundo nos meados da próxima década, a forte reputação global da Shell em GNL, combinada com os recursos significativos e a localização geográfica favorável do gás em Moçambique, cria uma oportunidade única para disponibilizar aos clientes um fornecimento fiável a longo prazo de energia limpa".

 

A Anadarko prevê fechar mais contratos em breve e reafirma o objetivo de anunciar até final do primeiro semestre deste ano a decisão final de investimento no norte de Moçambique. O projeto Mozambique LNG, operado pela Anadarko, será o primeiro empreendimento de GNL a desenvolver-se em terra, na Península de Afungi, província de Cabo Delgado, em Moçambique. A fábrica, cujas infraestruturas de apoio estão em construção, será composta inicialmente por dois módulos capazes de produzir 12,88 milhões de toneladas por ano (MTPA) de GNL, destinado à exportação. (Lusa)

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