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terça-feira, 03 dezembro 2019 06:39

Economia volta a desacelerar no III trimestre de 2019

O Produto Interno Bruto (PIB) do país cresceu 2.01 por cento no terceiro trimestre deste ano face ao período homólogo, anunciou ontem o Instituto Nacional de Estatística (INE). No entanto, o valor representa uma desaceleração face ao trimestre anterior, em que a economia cresceu 2,3 por cento, contra 2.5 por cento registados no primeiro trimestre.



No relatório “Contas Nacionais Trimestrais”, o INE explica que o desempenho da actividade económica, no terceiro trimestre de 2019, deveu-se em primeiro lugar ao sector terciário, que cresceu em 2.85 por cento, com maior destaque para os ramos dos Transportes, Armazenagem, Actividades auxiliares dos transportes, Informação e Comunicações, com um crescimento na ordem de 5.8 por cento, e os ramos de Aluguer de Imóveis e Serviços prestados às empresas com 4.1 por cento.

 

“Ocupa a segunda posição o sector secundário com um crescimento de 2.28 por cento, induzido pelos ramos de Electricidade, Gás e Água com 3.7 por cento, coadjuvado pelo ramo de construção com um crescimento de cerca de 2.6 por cento. Por outra, o ramo de indústria Manufatureira cresceu em 1.3 por cento”, reporta a fonte.

 

De acordo com a autoridade estatística nacional, o sector primário registou um decréscimo na ordem de -0.37 por cento, sendo que contribuíram para tal os ramos da Indústria Extractiva e Mineira com -3.7 por cento e o ramo da Pesca com -2.2 por cento. Entretanto, os ramos da Agricultura, Pecuária, Caça, Silvicultura, Exploração florestal e Actividades relacionadas registaram um crescimento na ordem de 0.97 por cento.

 

Em 2019, espera-se que a economia do país cresça 2.1 por cento, valor abaixo dos 4.7 por cento inicialmente projectados pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). O crescimento baixo da economia irá dever-se aos efeitos dos ciclones Idai e Kenneth, que fustigaram o país em Março e Abril passados.

 

No próximo ano, porém, o FMI projecta que o crescimento do PIB real venha a atingir 5.5 por cento, devido a esforços de reconstrução pós-ciclones, uma recuperação na agricultura e pelo estímulo de um relaxamento gradual das condições monetárias e da regularização dos pagamentos internos em atraso aos fornecedores. (Evaristo Chilingue)

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