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sexta-feira, 12 agosto 2022 07:31

Desempenho empresarial ganha “tracção” no segundo trimestre

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O desempenho empresarial assinalou uma certa tracção no segundo trimestre de 2022 comparativamente ao primeiro trimestre, tendo o Índice de Robustez Empresarial (IRE) aumentado em umponto percentual, passando de 27% para 28%. No trimestre anterior, o IRE registou uma queda em dois pontos percentuais, passando de 29% para 27%.

 

Divulgado há dias pela Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), o relatório do IRE explica que os principais impulsionadores deste incremento foram o início da campanha de comercialização agrícola, o início da época de exportação de produtos como o algodão e camarão, e a melhoria do desempenho do sector de turismo principalmente em províncias como Inhambane e Manica.

 

Na óptica da CTA, este desempenho não foi mais pronunciado por conta dos impactos do aumento do preço de combustíveis cujos efeitos se reflectiram directamente no sector de transportes, sector que também se deparou com a elevação dos custos de manutenção. O agravante é que a subida do preço de combustíveis tem um efeito transmissor na economia, o que tem propiciado o agravamento dos preços de bens na economia.

 

O relatório do IRE também traz o índice de emprego, que mede o nível da empregabilidade no sector privado. O índice de emprego também apresentou uma ligeira melhoria, o que, de acordo com o documento, denota uma maior capacidade do sector privado de gerar emprego no segundo trimestre deste ano face ao primeiro.

 

“Como perspectivas, espera-se que no terceiro trimestre a actividade empresarial continue numa tendência crescente. Todavia, há o risco de uma conjuntura caracterizada por persistência de alta de preços de bens e serviços, cujo impacto poderá ser a diminuição da procura e, consequentemente, o retraimento dos lucros de exploração”, assinala o documento.

 

Para fazer face à alta de preço e propiciar o aumento da produção e produtividade por forma a habilitar o país de melhores condições para fazer face aos choques externos, a CTA advoga a adopção, de entre outras medidas, da redução da componente dos impostos na importação, em particular do combustível que chega a ter um peso de cerca de 60%.

 

O sector privado advoga ainda acções para a produção local. Aqui, a CTA critica a política monetária adoptada pelo Banco de Moçambique, que ao tentar reduzir a subida geral de preços aumenta a taxa de juro, o que acaba sendo ineficaz porque não contém a inflação e estrangula o sector empresarial, em particular o sector produtivo. A CTA espera ainda que, no terceiro trimestre, haja concessão de subsídios para os transportadores ou uma política de preços diferenciados na aquisição de combustíveis. (Carta)

 

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