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sexta-feira, 01 julho 2022 06:59

Agenda do algodão Orgânico em Moçambique é emergente, mas uma aposta acertada para o país – diz MADER

algodao min

Falando ontem (30) em Maputo, o Inspector-Geral do Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Rui Mapatse, disse que a produção do algodão orgânico no país está enquadrada na Política de desenvolvimento do Sector Agrário e na Política de integração do Sector familiar em cadeias de valor Produtivas. Mapatse falava na abertura do Fórum do Algodão para África Austral e Oriental.

 

Este evento constitui uma oportunidade para Moçambique preparar um roteiro para introdução do algodão orgânico e adquirir bases sólidas para delinear um roteiro de introdução da produção orgânica e expor as oportunidades e potencialidades de Moçambique para atracção de investimentos públicos e privados ao longo da cadeia de valor do algodão.

 

Um dos desafios lançados para reflexão neste fórum é a transição da produção convencional do algodão para a produção orgânica, tendo em conta a realidade de cada um dos países membros.

 

"Uma das expectativas desta Sessão é trocar experiências e identificar respostas sobre os passos que as regiões da África Austral e Oriental deverão seguir para introduzir e massificar a produção do algodão orgânico e poderem aproveitar as oportunidades que este mercado emergente oferece ao precioso ouro branco", observou Rui Mapatse.

 

Indicou que a produção de algodão orgânico pelos produtores do sector familiar constitui uma oportunidade para o aumento da renda das famílias rurais e para melhoria da qualidade de vida. "É igualmente uma oportunidade para o País, para a diversificação do mercado, maior contribuição na Balança de pagamentos e atracção de mais investimento, tendo em conta o potencial de Produção de que o País dispõe para responder a este mercado crescente e promissor", acrescentou o dirigente do MADER.

 

A sessão será dominada igualmente pela troca de experiências e identificação de respostas sobre os passos que as regiões da África Austral e Oriental deverão seguir para introduzir e massificar a produção do algodão orgânico e poderem aproveitar as oportunidades que este mercado emergente oferece ao ouro branco.

 

O fórum de Algodão para África Austral e Oriental é constituído por países produtores do algodão e foi criado em 1998 com o objectivo de estabelecer uma rede de discussão de assuntos técnicos de interesse comum no algodão, que afectam as duas regiões. 

 

As sessões deste Fórum são bienais e organizadas de forma rotativa pelos países membros, nomeadamente, Moçambique, Malawi, Tanzânia, Zâmbia, Zimbabwe, Quénia e Uganda, tendo a última sessão sido suspensa por causa da Covid-19. Esta é a segunda vez que Moçambique acolhe o Fórum.

 

Na presente edição, para além da participação dos países da África Austral e Oriental que produzem algodão, o evento conta com a participação de países convidados como: Nigéria, Costa do Marfim, Índia, USA, Alemanha, Reino Unido e Suíça.

 

Os países que participam neste encontro estão avançados na produção do algodão orgânico e Moçambique pretende aproveitar a presença destes países, para também diversificar a qualidade do algodão.

 

A iniciativa de produção de algodão orgânico será implementada pelo sector privado e pelos produtores e o Instituto do Algodão e Oleaginosas de Moçambique como regulador.

 

Moçambique possui seis empresas de algodão, para além de 130 mil produtores familiares, gerando 30 mil postos de trabalho. O sub-sector contribui com 30 milhões de dólares para a balança de pagamentos. (Carta)

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