Uma cidadã de nacionalidade moçambicana, que responde pelo nome de Felizarda Alberto Bendane, de 36 anos de idade, foi detida, na passada sexta-feira (14 de Junho), na cidade de Mumbai, a maior e mais importante cidade da Índia.
A informação foi avançada, esta quarta-feira (19 de Junho), pelo matutino Notícias. De acordo com o jornal, a moçambicana foi detida na posse de 3,4 Kg de anfetaminas, nos arredores daquela cidade indiana e numa zona próxima do hotel em que se encontrava hospedada.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê que Moçambique poderá registar um crescimento económico de dois dígitos a partir de 2023, ano em que se deverá iniciar a produção de gás natural liquefeito (LNG) do consórcio liderado pela multinacional petrolífera ENI, na bacia do Rovuma, província de Cabo Delgado, na região norte.
O representante, do FMI avançou que o crescimento a médio prazo de Moçambique vai dar um salto significativo tendo em conta as receitas resultantes da exploração do gás natural.
“É importante gerir as expectativas, porque a arrecadação de receitas para os cofres do Estado ainda vai levar algum tempo, daí a necessidade de um exercício de paciência”, disse Aisen, que falava durante a Cimeira Estados Unidos-África, um encontro de três dias que se iniciou quarta-feira em Maputo.
Aisen defendeu também a transparência na gestão dos recursos de forma a evitar a eclosão de conflitos e, para o efeito, recomendou um maior envolvimento de todas as partes interessadas, incluindo a sociedade civil e as instituições financeiras do Estado, tais como o Banco Central e o Ministério da Economia e Finanças.
“Esses recursos são muito elevados e, por isso, podem trazer volatilidade à economia local se não forem bem administrados. É também importante garantir a independência política para não influenciar os critérios técnicos na gestão dos recursos”, sublinhou. (Carta)
O maior projecto de pesca e aquacultura em Moçambique, liderado pela empresa chinesa Stonechen Comercial – Produtos de Pesca de Moma, avaliado em US$ 100 milhões ficará concluído até ao final do corrente ano, segundo escreve a agência de notícias AIM. O porta-voz da empresa, Mussa Sarajabo, explicou que a empresa, que dista cerca de 250 quilómetros da cidade de Nampula, capital provincial, está instalada em Moma há nove anos e que 75 por cento das obras já foram concluídas.
Segundo Sarajabo, a empresa irá operar com 85 embarcações, sendo 60 de pesca semi-industrial e as restantes de pesca industrial. Cerca de 70 por cento do pescado destina-se ao mercado internacional e o remanescente para consumo nacional.
“Estamos em Moma há nove anos e, para além desta fábrica de processamento, o complexo inclui um porto de pesca e uma fábrica de rações”, disse. O projecto, que empresa duas mil pessoas e processa camarão, lagosta e caranguejo, foi visitado terça-feira pelo governador da província de Nampula Victor Borges. Quando iniciar a produção, em Outubro, a empresa chinesa que possui estaleiros na cidade da Beira, espera produzir diariamente cerca de 20 toneladas de diferentes frutos do mar. (Carta)
O presidente moçambicano, Filipe Nyusi, reuniu-se esta quinta-feira em Maputo com o seu homólogo do Zimbabwe, Emmerson Mnangagwa, que participa na Cimeira Empresarial África-Estados Unidos. Falando aos repórteres depois do encontro, Mnangagwa deixou claro que o principal objetivo do encontro era solicitar mais eletricidade a Moçambique. Actualmente, o Zimbabwe importa 50 megawatts da Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB).
Mnangagwa disse que há uma escassez crítica de energia no Zimbábwe. O país sofreu uma seca severa, que reduziu o nível de água na albufeira da barragem de Kariba, reduzindo assim a capacidade da represa de gerar energia. O nível da água na albufeira de Kariba caiu para cerca de 33% da sua capacidade, colocando severas restrições à quantidade de energia que a represa pode gerar.
Mas Mnangagwa observou que a albufeira de Cahora Bassa “está cerca de 95 por cento cheio e, portanto, a geração de eletricidade não foi afetada”. Ele disse que com Nyusi discutiram como é que o Zimbabwe poderia ter acesso a mais electricidade de Cahora Bassa. Se todas as cinco turbinas em Cahora Bassa estiverem em funcionamento, a barragem pode produzir um máximo de 2.075 megawatts. Grande parte dessa energia é vendida à companhia de eletricidade sul-africana Eskom, sob um contrato de longo prazo, e à própria distribuidora de energia elétrica de Moçambique, a EDM.
A economia do Zimbábwe está certamente numa situação de desespero. Uma fonte em Harare contatada pela AIM na quinta-feira disse que os cortes de energia na capital do Zimbábwe acontecem 18 horas por dia. Não apenas Kariba é capaz de produzir energia suficiente. Também a gigantesca usina a carvão de Hwange está operando bem abaixo da capacidade. O baixo nível de água na albufeira de Kariba significa que a represa está gerando somente 358 megawatts, comparado muito mesmo do que a capacidade normal de 1.050 megawatts. Existem seis unidades em Hwange, mas apenas três estão operando. No início deste mês, havia apenas carvão suficiente em Hwange para manter a usina em funcionamento por mais 20 dias. (AIM)
Afinal Josefa de Sousa está vivo!!! Sem pompa e muito menos circunstância, Josefa de Sousa, que até ao seu “sumiço” ostentava a patente de Brigadeiro, deu o ar da sua graça e já num outro escalão da hierarquia militar. É agora Major General da força residual da Renamo.
O Major General Josefa de Sousa, tido como desaparecido, foi apresentado à imprensa, esta quinta-feira, pelo porta-voz do partido, José Manteigas, numa cerimónia cinzenta, que teve lugar no meio de uma mata serrada, em Inhaminga, distrito de Cheringoma, província de Sofala.
Os alunos da Escola de Música Mungu da Igreja Metodista Unida, cargo pastoral de Malhangalene, apresentam a 3ª edição do Recital de Guitarra Clássica que consistirá na interpretação de um repertório erudito de compositores europeus. Esta iniciativa visa criar um meio de intercâmbio cultural entre os estudantes e o público, permitir uma troca de experiência entre os estudantes e os músicos em geral, promover a prática da guitarra clássica, contribuir na promoção da paz em Moçambique através das artes, no geral e na música, em particular. A sessão, orientada pelo professor Queirós Júlia, contará ainda coma participação de alunos convidados da Escola de Comunicação e Artes da Universidade Eduardo Mondlane e da Escola Portuguesa de Moçambique – Centro de Ensino e Língua Portuguesa.
(21 de Junho, às 17Hrs em Maputo)
António Marcos, cujo nome oficial é António Lodingue Matusse (Xiconela, Gaza, 10 de junho de 1951) é um músico moçambicano que se tornou famoso compondo e interpretando temas no género músical marrabenta, originário do sul do país. Gravou o seu primeiro disco em 1970, e desde então criou ou foi membro de vários agrupamentos musicais com os quais registou alguns sucessos, cantando sempre na sua língua materna, o xangana. A sua carreira avançou sobremaneira com a sua participação no Projecto Mabulu, um grupo musical criado em 1999 juntando músicos de gerações e estilos diferentes, da marrabenta ao rap. Desta experiência surgiu o tema de grande sucesso Maengane, que marcou o músico de tal maneira a se tornar quase o seu nome artístico.
(21 de Junho, às 18Hrs na Fundação Fernando Leite Couto)
A guerra de narrativas prossegue no seio do maior partido da oposição no país, a Renamo. Depois de José Manteigas, porta-voz do partido, ter-se, quase há uma semana, distanciando por completo do grupo contestatário, esta quarta-feira, foi a vez deste último apresentar a sua versão dos factos.
Coube, uma vez mais, ao Major General Mariano Nhonga, o papel do porta-voz do grupo. Concretamente, Mariano Nhonga, a partir do que se supõe ser uma das bases daquele partido, disse a jornalistas que tudo quanto disseram José Manteigas e o Secretário-Geral, André Magibire, não passa de uma “redonda, autêntica e grosseira mentira”.
O Moza Banco foi distinguido pela revista “The Banker” – uma prestigiada publicação internacional de especialidade na área financeira, do grupo Financial Times, com o Award “Deal of the Year 2019 for restructuring in Africa”, ou seja, melhor Operação de Restruturação Financeira do Ano 2019, a nível de África.
Este é o reconhecimento do sucesso da operação estruturada de aumento de capital que culminou com a entrada de um novo investidor na estrutura accionista, a ARISE, e a aquisição da totalidade do Banco Terra de Moçambique (BTM) pelo Moza Banco.
“Na avaliação para distinguir o Moza Banco com o nosso prémio do Ano pela Operação financeira de reestruturação em África, o nosso painel de júris composto por experts em economia, Banca e Finanças, analisou o complexo e bem-sucedido programa de reorganização e reestruturação financeira implementado pelo Banco que, após a intervenção do Banco Central, tem observado uma assinalável recuperação, saindo de uma situação de um iminente colapso, para voltar a estar entre os 5 maiores Bancos do país, operando num patamar muito mais estável”, destacou John Everington, Editor para África e Médio Oriente da Revista “The Banker”.
A entrega da referida distinção ocorreu durante a cerimónia, bastante concorrida, de inauguração da Sede do Moza Banco, na última Quinta-feira, 13 de Junho, em Maputo, tendo na ocasião o Presidente do Conselho de Administração do Moza, João Figueiredo, agradecido pelo prémio, afirmando que o mesmo é fruto do esforço de todos os colaboradores do Banco. “É nosso”, assim referiu o PCA do MOZA.
“Este prémio representa o sucesso da estratégia de negócio em curso suportada pelos accionistas e que visa recolocar o Moza como um Banco de referência nacional, um Banco com ambição de crescimento, um Banco sólido, à altura dos desafios do presente e do futuro. Dedicamos este prémio aos nossos Clientes e a sociedade em geral, cuja confiança que depositam na nossa instituição tem contribuído para a consolidação, crescimento e afirmação do Moza”, referiu.
O Presidente da República, Filipe Nyusi, reconheceu a capacidade de resiliência demonstrada pelo Moza e congratulou a Direcção do Banco e colaboradores pela visão e trabalho desenvolvido.
“A história mostra que com mestria o Moza conseguiu passar por cima dos pequenos incidentes (…) Hoje o Moza está aqui firme e em franco crescimento. Neste contexto, gostaria de felicitar a Direcção do Moza que se apercebeu que no lugar de cruzar os braços, devia arregaçar as mangas e trabalhar para hoje tornar-se num banco forte e incontornável no mercado financeiro nacional e internacional, disse Filipe Nyusi acrescentando que “Estes resultados só podem ser alcançados com uma equipa dinâmica, com muito trabalho e uma visão empresarial estratégica.”
A “The Banker” é uma das maiores e mais prestigiadas publicações sobre o sector financeiro mundial, com mais de 91 anos de existência cobrindo as regiões de África, Ásia-Pacífico, América, Europa e o Médio Oriente. (Carta)
Os rubis extraídos em Namanhumbir, distrito de Montepuez, província de Cabo Delgado, pela Montepuez Ruby Mining (MRM), registaram, este ano, o pior resultado dos últimos cinco leilões, ao produzir uma receita de 50 milhões de USD, num recente leilão realizado em Singapura, entre os dias 11 e 15 de Junho corrente.
Os dados foram tornados públicos, esta quarta-feira (19), pela empresa britânica Gemfields, detentora de 75 por cento das acções da MRM, empresa onde também é sócio o general na reserva Raimundo Pachinuapa, através da Mwiriti Limitada, com 25 por cento.
De acordo com o comunicado de imprensa, distribuído na tarde desta quarta-feira, o valor é fruto da venda de 93 por cento dos lotes oferecidos no leilão, no qual participaram 48 empresas. Ou seja, a MRM vendeu 84 lotes, dos 90 colocados no mercado, durante os cinco dias.
Este é o pior resultado registado pelos rubis de Namanhumbir, nos últimos cinco leilões, realizados naquele país asiático. Até ao momento, de acordo com os dados fornecidos pela Gemfields, o pior resultado tinha sido verificado, em Junho de 2017, quando a MRM rendeu 54.8 milhões de USD, fruto da venda de 94 por cento de lotes (78), dos 83 oferecidos.
Em contrapartida, o melhor resultado dos últimos leilões verificou-se, em Junho de 2018, quando a MRM arrecadou 71.8 milhões de USD, depois de ter vendido 82 lotes, dos 86 que estava a oferecer, em Singapura, o que correspondeu a 95 por cento.
Aliás, o leilão de Junho de 2018 foi o único que ultrapassou a casa dos 56 milhões de USD, pois, os restantes fixaram-se nos 55 milhões de USD. No leilão realizado em Novembro de 2017, os rubis, que são rotulados de sangue, devido às mortes que se verificam na zona de mineração, produziram 55 milhões de USD e, em Dezembro de 2018, saldaram em 55.3 milhões de USD, apesar da comercialização de 88 lotes, dos 90 que estavam disponíveis.
Em termos de quilates, o comunicado da Gemfields refere que, entre 11 e 15 deste mês, a MRM colocou no mercado 978,197 quilates, mas só vendeu 962,211, o que corresponde a 98 por cento. Cada quilate custava, em média, 51,99 USD. Trata-se também do preço mais baixo praticado na venda daquele minério, nos últimos anos.
Em Junho de 2017, cada quilate custou 61.13 USD, enquanto, em Novembro do mesmo ano, 90.81 USD. Em Junho do ano passado, cada quilate do rubi de Namanhumbir era comercializado a 122.03 UDS e, em Dezembro também de 2018, estava fixado em 84.32 USD.
Refira-se que, desde Julho de 2014, os rubis de Namanhumbir já foram leiloados por 12 vezes, em Singapura, tendo já rendido 512.6 milhões de USD em receitas totais. (Abílio Maolela)