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Redacção

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segunda-feira, 19 agosto 2019 09:09

Palestra / Pode Ainda o Belo Salvar-nos?

A palestra do António Cabrita sob o tema: Pode ainda salvar-nos? Dizia Dostoievski que só o Belo nos pode salvar. Mas pode ainda tal acontecer depois dessa categoria ter sido abandonada desde os primeiros alvores da arte do século XX? E nas sociedades pós-coloniais, depois da hecatombe urbanística das suas cidades, pode ainda a noção do Belo ser útil, como uma espécie de Provedoria do olhar para a infância e o ensino pela arte? E por que continua, no oriente, o Belo a ser uma categoria actuante? Que diferenças se colocam aí?

 

(22 de Agosto, às 18:30Min no Centro Cultural Brasil-Moçambique)

O Governo vai lançar um concurso público destinado à aquisição de material eléctrico e serviços para fazer com que 260 mil famílias passem a ter acesso à energia eléctrica em diversos locais do país, disse o ministro dos Recursos Minerais e Energia de Moçambique.

 

Ao usar da palavra quinta-feira, na sessão de abertura do 5º Conselho Coordenador do ministério, que decorre no distrito de Chibuto, província meridional de Gaza, Max Tonela disse que distritos das províncias meridional de Maputo, central de Manica e nortenhas de Nampula e Niassa serão abrangidos por este projecto.

 

Dados do Ministério dos Recursos Minerais e Energia mostram que, usando fontes renováveis de energia, foram electrificados 86 povoados e construídas as centrais hídricas de pequena dimensão em Rotanda, Mouha, Sembezia e Chiurairue, na província de Manica, e estão em construção Majawa e Berue, na província central da Zambézia e Luaice no Niassa.

 

Os mesmos dados indicam que de momento apenas 32 por cento da população de Moçambique tem acesso à energia eléctrica, tendo em 2018 sido lançado o programa “Energia para Todos”, que pretende garantir o acesso de todos os moçambicanos à energia no prazo de 10 anos. (Macauhub)

Integrado na iniciativa presidencial, “Um Distrito Um Banco”, o Moza Banco acaba de inaugurar duas novas agências bancárias nas províncias de Tete (Distrito de Tsangano) e Nampula (Distrito de Memba).

 

O Moza Banco acaba de dar um importante passo para a consolidação como a instituição financeira com a 3ª maior rede de Agências no País, com a inauguração das Agências de Tsangano e Memba, enquadradas na iniciativa presidencial “Um Distrito Um Banco”, lançada em 2016, que preconiza que todos os distritos do País tenham pelo menos uma Agência Bancária.

 

Com a entrada em funcionamento destas Unidades de Negócio, as populações locais e de áreas circunvizinhas passam a ter, “à porta”, um Banco onde poderão convenientemente e em total segurança realizar operações bancárias, e encontrar as soluções financeiras adequadas às suas necessidades específicas.

 

Ao abraçar esta iniciativa, o Moza está em linha com o seu compromisso na promoção de uma maior inclusão financeira e bancarização da economia através da expansão da sua actividade para os Distritos que não apresentam cobertura em termos de rede de agências bancárias, pois, o Moza acredita que a instalação de serviços financeiros e de outros serviços conexos irá despontar o potencial existente nessas zonas, fomentando o desenvolvimento local e sustentável das comunidades.

 

No âmbito da parceria com o Ministério da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural, contabilizam-se já 6 Agências do Moza a operar em pleno, nos Distritos de Chicualacuala (na Província de Gaza); Gondola e Vanduzi (em Manica), Murrupula e Memba (em Nampula) e Tsangano (em Tete).

 

Até 2020, o Moza estará presente nos distritos de Liúpo, (em Nampula), Chinde, Derre, Lugela e Mocubela (na Zambézia); Meluco e Quissanga (em Cabo Delgado); Majune, Chimbonila, Ngauma e Sanga (em Niassa); Marínguè (em Sofala); Machaze (em Manica); Chigubo, Guijá e Mapai (em Gaza).

 

Actualmente, o Moza detém a 3ª maior rede de Agências do País composta por mais de 57 Unidades de Negócio espalhadas por todas as capitais provinciais e alguns Distritos e Vilas. À estas, juntar-se-ão mais 7 Agências do BTM como resultado da integração e fusão das duas instituições, ampliando deste modo, a condição de um banco verdadeiramente universal em termos de cobertura do espectro do negócio bancário, e com forte implementação nacional.

O Governo de Moçambique, através da empresa pública nacional, Electricidade de Moçambique (EDM), assinou sexta-feira finda (16), em Maputo, um acordo de financiamento com o Banco Alemão de Desenvolvimento (KfW), para o financiamento do Projecto de Interligação Moçambique-Malawi, que consiste na construção de uma linha de transporte de energia de 218 km entre Matambo (província de Tete) e Phombeya (Malawi), ligando as redes eléctricas do Malawi e de Moçambique.

 

A nova linha de transporte de energia, cujas obras iniciam princípio do próximo ano e terminam em 2022, ligará Malawi pela primeira vez ao Grupo de Empresas de Electricidade da África Austral (SAPP), o que permitirá a Moçambique exportar energia para o Malawi. O correspondente Acordo de Compra de Energia e os demais acordos técnico-comerciais entre a EDM e a concessionária de energia eléctrica do Malawi, ESCOM, foram assinados em Abril deste ano em Blantyre (Malawi).

 

A cooperação financeira alemã, através do KfW, apoiará a EDM para instalar uma nova subestação de 400kV em Matambo e construir uma linha de transporte de 142 km a 400kV para ligar a subestação de Matambo com a parte do Malawi na interligação.

 

Os custos totais da parte moçambicana do programa de interligação ascendem a 100 milhões de USD. O Governo alemão destinou 30 milhões de euros (aproximadamente 34 milhões de dólares) em donativos, que serão canalizados através do KfW.

 

O Banco Mundial vai, igualmente, disponibilizar em regime de donativo um montante de 42 milhões de USD ao Governo de Moçambique para o mesmo projecto. Além disso, outro montante também em regime de donativo de 24 milhões de USD será disponibilizado pela Noruega e será canalizado através do Banco Mundial.

 

O projecto é de importância estratégica para Moçambique, pois, contribui para uma maior diversificação de transacções de energia.

 

O ministro dos Recursos Minerais e Energia (de Moçambique), Max Tonela, disse, na ocasião: “Moçambique é rico em fontes convencionais e renováveis de energia e apresenta-se como um pólo energético regional, pelo que a interligação entre Moçambique e Malawi proporciona o acesso ao mercado regional, permitindo a viabilização dos grandes projectos de energia em Moçambique”.

 

A assinatura do acordo cria as condições necessárias para o Malawi se tornar membro operacional da Associação das Empresas de Electricidade dos países da África Austral.

 

“Malawi poderá, deste modo, participar em igualdade de condições com todos os outros Estados Membros, no comércio regional de electricidade, incluindo importação e exportação para o mercado regional. De facto, constitui mais um passo importante para a integração regional no contexto da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral”, disse Max Tonela.

 

Por sua vez, o Embaixador da República Federal da Alemanha em Moçambique, Detlev Wolter, disse: “A transmissão fiável e a comercialização transfronteiriça de energia eléctrica são do interesse de todos os países membros do Grupo de Empresas de Electricidade da África Austral. Contribuirá para melhores condições de agregados familiares e empresas. Ao fazê-lo, promoverá o desenvolvimento económico de toda a região da África Austral. Um projecto desta dimensão e complexidade requer a cooperação de diferentes governos, instituições estatais, bancos e vários outros parceiros. Estou convencido de que a estreita cooperação no âmbito do projecto irá expandir e aprofundar ainda mais as relações de Moçambique com o Malawi, mas também com outros estados da África Austral.”

 

O programa de financiamento também apoiará a EDM na aquisição e instalação de Cabos de Fibra Óptica (OPGW) na nova linha de transporte, bem como em duas outras linhas de transporte já existentes (com um comprimento total de 832 km).

 

Essas medidas contribuem para um monitoramento e gestão automatizados da rede eléctrica, bem como para a melhoria dos serviços de telecomunicações. (Evaristo Chilingue)

 

O maior partido da oposição no xadrez político do país veio a público, na passada sexta-feira, denunciar o que chamou de violação do Acordo de Paz e Reconciliação de Maputo, rubricado pelo Presidente da República, Filipe Nyusi, e o Presidente da Renamo, Ossufo Momade.

 

A denúncia foi apresentada pelo porta-voz da Renamo, José Manteigas, para quem os actos representam um verdadeiro retrocesso aos passos que vêm sendo dados rumo à consolidação da paz e reconciliação nacional.

 

José Manteigas avançou que as violações consistiram na destruição de residências, espancamento protagonizado por agentes da Polícia da República de Moçambique (PRM) e a inviabilização do desenvolvimento das actividades político-partidárias levados a cabo pelas autoridades locais.

 

Contou Manteigas que três dos actos ocorreram no passado dia 8 de Agosto, dois dias depois da assinatura do Acordo de Paz e Reconciliação de Maputo. Concretamente, narrou a fonte partidária, residências de membros da Renamo foram incendiadas no distrito de Zumbo, em Tete; membros foram violentamente espancados por agentes da PRM no distrito de Morrumbala, na Zambézia; e na província de Gaza, uma delegação liderada pelo cabeça-de-lista do partido, Mouzinho Gama Gundurujo, foi torturada por indivíduos que se faziam transportar em viaturas com bandeiras da Frelimo.

 

José Manteigas anotou, igualmente, que poucos dias antes da Assinatura do Acordo de Paz e Reconciliação de Maputo, precisamente no dia 04 de Agosto, na zona de Maculuve, distrito de Zavala, em Inhambane, uma comitiva liderada pelo administrador do distrito de Zavala, Dércio Machava, terá removido uma bandeira da Renamo no terreno de um membro do partido, alegando que tal devia passar por uma autorização do secretário.

 

Ainda no mesmo dia e distrito, anotou Manteigas, Gilda Arnaldo, membro da Assembleia Autárquica, foi obrigada a remover a bandeira da Renamo da sua própria residência pelo Presidente da Assembleia Autárquica, Calisto Pendane.

 

Num outro desenvolvimento, o porta-voz da Renamo instou o partido no poder a respeitar escrupulosamente os consensos assumidos. (Ilódio Bata)

O grupo de insurgentes que aterroriza a população dos distritos da zona norte da província de Cabo Delgado, desde Outubro de 2017, não pára de causar mais mortes, entre civis e militares. De acordo com as nossas fontes, no passado sábado (10 de Agosto), matou nove militares das Forças de Defesa e Segurança (FDS), em Mocímboa da Praia.

 

Segundo nos foi revelado, tudo começou quando os militares das FDS decidiram atacar uma das bases logísticas dos insurgentes, sediada numa zona complicada. A área é composta por colinas e florestas e, na sua incursão, as FDS foram recebidas com ʺrajadasʺ de balas, numa acção que não permitiu a recuperação dos corpos dos nove militares.

 

Sete dias depois, isto no dia 17 de Agosto (último sábado), de acordo com as fontes e relatos da população na aldeia de Milamba, em Quiterajo, no distrito de Macomia, quatro pescadores foram surpreendidos pelos insurgentes, quando regressavam de mais uma actividade pesqueira. Segundo narraram as mesmas fontes, três foram decapitados e um escapou das mãos dos insurgentes.

 

Na mesma aldeia e no mesmo dia, registou-se ainda mais um ataque, no qual sete civis foram surpreendidos pelos insurgentes, quando saíam de Quiterajo (onde estavam refugiados) para Milamba. As fontes contam que o grupo trajava uniforme das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM).

 

Outra acção assassina dos insurgentes aconteceu em Ilala, onde um cidadão de nome Mussá foi também surpreendido, juntamente com o amigo, pelo grupo insurgente quando voltava da sua machamba. O amigo conseguiu escapar dos insurgentes e, à “Carta”, conta que o amigo foi decapitado e, posteriormente, decepados os órgãos genitais, que se acredita se destinam ao tráfico ou a acções supersticiosas. Aliás, a última acusação do Ministério Público, submetida ao Tribunal Judicial da Província de Cabo Delgado, integra três curandeiros dos distritos de Nangade, Macomia e Mecúfi.

 

Nyusi aponta Beira como “bastião” do financiamento da insurgência

 

No entanto, na semana passada, o Presidente da República, Filipe Nyusi, disse estar na posse de informações que dão conta de existirem, na segunda maior cidade do país, Beira, cidadãos moçambicanos e residentes que estão a financiar o grupo insurgente, que actua nos distritos de Mocímboa da Praia, Macomia, Palma, Mecúfi, Muidumbe, Nangade e Quissanga, na província de Cabo Delgado.

 

Nyusi fez estas declarações durante o IV Encontro Nacional da Juventude, que decorreu na cidade da Matola, província de Maputo. Trata-se de um novo dado partilhado, publicamente. (Omardine Omar e Paula Mawar)

A autoproclamada Junta Militar da Renamo (JMR) vai renegociar com o Governo os acordos de Paz e de cessação das hostilidades militares, após considerar “nulo e sem efeitos” os dois acordos assinados pelo Presidente moçambicano e o líder da Renamo.

 

Para o grupo, os dois acordos, que classifica de “secretos” e que não os vincula, são “fruto de um ato de traição”, por terem sido assinados à revelia do Conselho Nacional do partido, a bancada na Assembleia da República e do Estado-Maior General da Renamo, além de violarem o espírito do acordo assinado pelo líder histórico, Afonso Dhlakama, falecido em 2018.

 

Já estão devidamente “autorizados” a fazer a pré-campanha eleitoral os candidatos da Frelimo a Governadores das Províncias de Maputo, Nampula e Manica, nomeadamente Júlio Parruque, Manuel Rodrigues e Francisca Domingas, respectivamente.

 

A “autorização” veio do Presidente da República, Filipe Jacinto Nyusi, que também é Presidente da Frelimo. Socorrendo-se do artigo 38 da Lei nº 3/2019, de 31 de Maio, que estabelece o quadro jurídico para eleição dos membros da Assembleia Provincial e do Governo de Província, Filipe Nyusi autorizou, na última sexta-feira (16 de Agosto), o gozo do direito de dispensa de funções aos três cabeças-de-lista da Frelimo nas eleições provinciais a terem lugar no próximo dia 15 de Outubro, conjuntamente com as presidenciais e legislativas.

 

Já parece estar “decretado” nos órgãos de gestão eleitoral que os negócios relativos às eleições devem ser adjudicados aos “camaradas” da Académica (família Sidat). Na passada sexta-feira (16 de Agosto), o Secretariado Técnico da Administração Eleitoral (STAE), cumprindo uma deliberação do plenário da CNE, voltou a adjudicar o fornecimento dos materiais de votação à Académica, propriedade da família Sidat, membros da Frelimo.

 

Uma nova ligação rodoviária entre a cidade de Maputo e a cidade de Durban, na África do Sul, via Ponta do Ouro, vai ser estabelecida pela transportadora Intercape, a partir de 6 de Setembro próximo.

 

Com partida, em Maputo, às segundas, quartas e sextas-feiras, às 8.00H, a chegada está prevista para as 17.00H do mesmo dia em Durban. O percurso contrário será feito às terças e quintas-feiras, bem como aos domingos.

 

"Já havíamos feito, anteriormente, esta ligação, mas tivemos de interromper devido às más condições de acesso que havia, mas agora com a construção da ponte Maputo-Katembe e a construção da nova via, estamos em condições de transportar os passageiros moçambicanos para Durban, e vice-versa, via Ponta do Ouro", declarou Sérgio Van Winsen, responsável de marketing da Intercape.

 

A empresa, a operar em Moçambique desde 1996,  já vinha operando entre Maputo, Johanesburgo e Pretória, para além de outros destinos como Cidade do Cabo, Port Elizabeth, Bloemfontein, fazendo ainda ligações regionais para Malawi, Zimbábue, Botswana e Namíbia. (FDS)