Presente em Portugal, Brasil e Angola, o Banco da China poderá instalar-se em Moçambique nos próximos anos. A informação foi avançada, semana finda, na capital portuguesa, pelo Presidente do Conselho de Supervisão daquela instituição, Wang Xiquan.
Intervindo no enceramento de um evento intitulado “Seminário de Comunicação e Cooperação Financeira Internacional”, enquadrado na iniciativa “Faixa e Rota”, Xiquan disse que a instituição que representa tem o intuito de abrir representações nos países de língua portuguesa, justificando o interesse com o facto de o Banco da China ser de carácter global.
O Banco “servirá de ponte para a comunicação entre a China e os países de língua portuguesa, facilitando a entrada” na China e ajudando “a desenvolver a cooperação nestes países”, acrescentou o Presidente do Conselho de Supervisão daquela instituição citado pelo site Macauhab.
“O Banco da China é um banco global, com o objectivo de prestar serviços e cooperar com os governos de todo o mundo, e gostaríamos de ter cada vez mais intercâmbios nas áreas económicas e financeiras, para podermos ser úteis”, concluiu o Presidente do Conselho de Supervisão daquela instituição.
Refira-se que, em Janeiro deste ano, um grupo de altos oficiais da Autoridade Financeira de Macau e do Banco Nacional Ultramarino também de Macau, anunciou a intenção de introduzir a moeda chinesa, o Renminbi (ou RMB e/ou Yuan) nas transacções comerciais entre Moçambique e China e em investimentos projectados para o nosso país. A justificação do grupo na altura cingiu-se à grande quantidade de projectos de infra-estruturas, exportações e muitos recursos naturais que nos próximos anos receberão investimento da China. (Evaristo Chilingue)
A Comissão Nacional dos Direitos Humanos (CNDH) convidou, na passada sexta-feira, a imprensa para, entre outros, dar o ponto de situação dos casos pontuais sobre os direitos humanos no país. O caso dos 18 delegados de candidatura do partido Nova Democracia (ND), em Chókwè, ora em liberdade, foi um dos temas que marcou o encontro com os órgãos de comunicação social.
Na óptica deste organismo, a situação a que estiveram votados os 18 jovens daquela embrionária formação político-partidária configura uma flagrante situação de violação dos direitos humanos.
Luís Bitone, Presidente da Comissão Nacional dos Direitos Humanos, fez saber que os jovens da ND, pelo menos, na cadeia do Guijá, estavam em “condições precárias”. Perante a precariedade, disse Bitone, foi recomendada a transferência dos mesmos para um outro estabelecimento prisional, situação que chegou a acontecer, mas não se conseguiu aferir sobre as condições do local para onde foram transferidos.
Os 18 jovens da ND foram presos no passado dia 15 de Outubro por terem pretendido “controlar” as eleições na qualidade de delegados de candidatura em Chókwè. Inicialmente, foram encarcerados na cadeia do Guijá e, mais tarde, transferidos para a cadeia da cidade de Xai-Xai, província de Gaza.
Em entrevista à “Carta”, Adelino da Silva, um dos “presos políticos e também delegado do partido em Chókwè, contou que foram colocados numa cela (que era um antigo armazém), isto em Guijá, com aproximadamente 200 reclusos, com sanitários imundos e sem água corrente.
Ainda naquele estabelecimento prisional, narrou Da Silva, para além de serem obrigados a passar as refeições no seu interior (na cela), as refeições eram as mesmíssimas quase todos os dias e estavam privados do banho de sol bem como de receber visitas.
Num outro desenvolvimento, o presidente da CNDH anotou que não foram encontrados elementos bastantes que impedissem que os delegados de candidatura da ND aguardassem pelo julgamento em liberdade.
Os “presos políticos”, como ficaram conhecidos, foram restituídos à liberdade na tarde do passado dia 30 de Novembro, cerca de quarenta e seis dias depois da sua detenção, em virtude de terem pago 720 mil Mts de caução e mais 17 referentes a custas judiciárias.
A Comissão Nacional dos Direitos Humanos é uma instituição do Estado, criada pela Lei n° 33/2009, de 22 de Dezembro, com o objectivo de promover a cultura de paz, do reforço do Sistema Nacional de Promoção, Protecção, Defesa e melhoria da situação dos cidadãos no que respeita aos Direitos Humanos no país. (Carta)
Ossufo Momade foi à Europa pedir “um help”. E porquê? Para contestar (ainda) os resultados das eleições de 15 de Outubro. Pois é: no término da sua visita à Holanda, o líder da Renamo não se fez rogado e implorou, sábado, à comunidade internacional que tome uma atitude de modo a impedir que o país descambe naquilo que considera uma "ditadura monopartidária”. Como é sabido, a Renamo não só não reconhece os resultados das eleições de 15 de Outubro – que dão vitória à Frelimo e a Filipe Nyusi – como também assegura ter provas de que houve fraude.
Na Holanda, Momade foi claro: “caso o Conselho Constitucional confirme os resultados, a Renamo irá reunir os órgãos do partido – ou seja: a comissão política nacional e o conselho nacional – para se deliberar se “os nossos membros tomam ou não posse, porque essa decisão não pode resultar apenas de um posicionamento meu”.
Portanto, neste mês de Dezembro, os órgãos vão reunir-se para decidir qual vai ser a decisão do partido, de acordo com o líder da Renamo.
De referir que nesta sua viagem à Europa, Ossufo Momade fez questão de levar consigo as alegadas provas das fraudes eleitorais, ou seja, os boletins que (alegadamente) estavam fora do circuito da CNE e que, segundo suas palavras, foram pré-preenchidos a favor dos candidatos da Frelimo.
“Apresentamos os elementos que provam que existiu fraude eleitoral, para mostrar que os observadores internacionais não podem ficar calados perante estas evidências tão claras".
Mais contundente do que o costume, Momade disse: "em Moçambique, está instalado um regime que não quer abandonar o poder e que, para se manter, usa não só a força policial, mas também uma coligação que inclui a polícia, a CNE e o STAE, para manietar a Renamo".
Nos Países Baixos, Ossufo Momade reuniu-se ainda com um dos principais parceiros internacionais do seu partido: o Instituto Holandês para a Democracia Multipartidária. Empolgado, disse nesse encontro que mantém a confiança na comunidade internacional para ajudar a Renamo a impedir que Moçambique retorne aos “erros do passado, ou seja, a uma situação de guerra civil.
E disse mais: "Não gostaríamos que o país voltasse ao monopartidarismo, já que se vive uma situação muito alarmante, na medida em que as eleições não foram justas livres e transparente, corre-se esse risco!”.
Nyongo é um desertor
Nyongo não deixou de ser assunto nesta de viagem de Momade à Europa. Falando sobre os ataques cada vez mais frequentes, no centro do país – que a Polícia, sem papas na língua, atribui “à Renamo – o líder renamista reiterou que Mariano Nyongo, líder da autoproclamada Junta Militar da Renamo, é um desertor, acusando-o de estar a promover ataques a civis a conta e risco próprios.
"Distanciámo-nos desde logo dessa tal autoproclamada Junta Militar" disse o líder da Renamo, acusando o Governo de ter permitido o “crescimento” deste grupo dissidente armado no centro do país apenas para prejudicar politicamente o seu partido.
Também não deixou de comentar sobre a situação em Cabo Delgado. Novamente voltou a acusar o Governo de ter falhado ao contratar mercenários russos (do Wagner Group) para combater os insurgentes islâmicos, ignorando o real problema das populações.
O General foi peremptório: "o Governo foi à Rússia contratar mercenários. Porém, o envolvimento de estrangeiros neste conflito está a diluir aquilo que é o pensamento dos moçambicanos. Todos sabemos que os conflitos têm uma conexão com os recursos naturais e com os fortes investimentos que estão a acontecer na província de Cabo Delgado. Logo, é preciso que se estude e se entenda melhor o problema, antes de se tomar qualquer decisão, sobretudo essa de envolver mercenários russos no conflito!… (Homero Lobo)
Os distritos da zona norte da província de Cabo Delgado continuam em “chamas”. Tal como é do conhecimento público, as populações residentes nas aldeias e localidades dos distritos de Macomia, Mocímboa da Praia, Palma, Nangade e Muidumbe continuam a viver momentos de terror, com o assassinato de pessoas e destruição de diverso património privado e público.
Entre os dias 03 e 07 de Dezembro passados, os residentes das aldeias Ingoane e Ilala, no distrito de Macomia, e Marere, no distrito de Mocímboa da Praia, voltaram a ser atacados pelos insurgentes.
A aldeia Marere, no Posto Administrativo de Mbau, foi “visitada” na passada sexta-feira, 06 de Dezembro, e, de acordo com as fontes, o grupo de homens, que estava munido de armas de fogo e catanas, entrou na aldeia durante a madrugada, tendo morto dois civis e atacado uma posição militar e furtado armas e munições. Reporta-se ainda o assassinato de mais de 10 membros das Forças de Defesa e Segurança (FDS).
A fonte, que narrou o episódio à “Carta”, assegura que o ataque ocorreu durante a madrugada (3:00 horas) daquele dia e que o grupo voltou destruir bens da população, para além de ter morto e raptado algumas mulheres. A fonte não confirmou o número de mortes e nem de raptadas.
O ataque foi, mais uma vez, reivindicado pelo Estado Islâmico, algo que aconteceu no mesmo dia (sexta-feira), através da sua página Al Naba e, no aludido comunicado, o grupo radical islâmico diz ter morto 16 militares e capturado um.
Ainda no mesmo dia (06 de Dezembro), quando eram 20:00 horas, os insurgentes atacaram a aldeia Ingoane, mas sem provocar óbitos. A fonte conta que a aldeia encontrava-se deserta, quando os “malfeitores” chegaram. Entretanto, queimaram algumas casas que restavam e outras que estavam em reconstrução.
Já no dia anterior, 05 de Dezembro, quatro jovens residentes na aldeia Ilala, no Posto Administrativo de Quiterajo, no distrito de Macomia, foram baleados nos membros inferiores (pernas) por cinco homens armados que, no momento, estavam vestidos com o uniforme das FDS.
Conforme apuramos de testemunhas, tudo aconteceu por volta das 12:00 horas, numa zona próxima à aldeia Pequeue. A fonte garante que os jovens, que eram pescadores, foram interpelados por cinco homens fardados, que se apresentaram como militares. Porém, devido ao local onde se cruzaram e o modus operandi dos insurgentes, as vítimas dispersaram-se, tendo sido, de seguida, alvejados por tiros de uma arma de fogo.
A fonte disse à “Carta” não saber como foi possível os jovens escaparem à morte, depois de terem sido “imobilizados”, mas assegura que foram levados a uma unidade das FDS, localizada na aldeia Pequeue, antes de serem evacuados para o Centro de Saúde de Mucojo, no mesmo distrito (Macomia).
Enquanto isso, na tarde (15:00 horas) do passado dia 03 de Dezembro ocorreu mais um ataque na estrada que liga Mocímboa da Praia e Palma, concretamente na aldeia de Matapata, a cerca de 25 Km da sede do distrito de Palma. No local, os insurgentes atacaram três viaturas e mataram duas pessoas, não se sabendo o número real de feridos que foram evacuados para o Hospital Distrital de Palma. Sabe-se apenas que um dos feridos grave é membro das FDS. As fontes garantem ainda que um dos feridos é de nacionalidade britânica e é trabalhador da empresa G4S, que presta serviços às multinacionais instaladas na bacia do Rovuma.
Há novos arguidos no caso legal das “dívidas ocultas” em Moçambique, disse fonte impecável à “Carta”. A fonte escusou-se de revelar-nos os nomes, mas garantiu que o Ministério Público está a realizar diligências cruciais que poderão culminar com medidas de coação contra os visados, no caso de isso se justificar. Parte das diligências, que incluem interrogatórios aos suspeitos, tiveram lugar na semana passada. Outras diligências prosseguirão nesta semana.
Os novos arguidos foram constituídos a partir de recentes revelações no julgamento de Jean Boustani em Nova Iorque, onde a acusação e a defesa do réu deram a conhecer nomes de figuras moçambicanas para quem foram alegadamente transferidos valores de subornos por parte da Privinvest.
Nalguns casos foram publicados detalhes comprovativos de transferências bancárias efectuadas; noutros casos, houve apenas uma menção nominal de alegados beneficiários. O Ministério Público está a tentar estabelecer se, no último caso, para além da menção nominal em listas de pagamentos da Privinvest, foram feitas, efectivamente, transferências para as contas dos visados.
“Carta” apurou que um dos novos arguidos é o antigo Ministro da Indústria e Comércio, Armando Inroga, que foi apontado pela defesa de Boustani como tendo sido um dos beneficiários das “gorjetas” que o réu andou a distribuir para figuras próximas do antigo Presidente Armando Guebuza e do universo das empresas criadas para o calote. “Carta” apurou também que Inroga terá comprado, com os valores recebidos da Privinvest, uma moradia de luxo na zona da Sommerschield 2, em Maputo. Tentativas de ouvirmos Armando Inroga resultaram infrutíferas. Ele não atende a nossas chamadas nem responde a mensagens. (M.M.)
"Elefante Tendai e os primos hipopótamos” é o livro de estreia de Eliana N'Zualo e conta com ilustrações de Cleide Conga. A história narra as aventuras do Elefante Tendai que, depois de fugir de um grupo de caçadores que lhe queria retirar as presas de marfim, se perdeu do resto dos seus familiares, tendo sido acolhido por um grupo de hipopótamos.”
(07 de Dezembro, às 10Hrs no Centro Cultural Brasil-Moçambique)
Milorho ya Mina é o show do jovem cantor de música ligeira moçambicana Mwana Mutchangana (Nunes Chichava). Focado na forma criativa como a arte pode moldar as sociedades e se tornar um espaço de projecção de sonhos, o concerto traz uma fusão de gerações representadas por Mwana Mutchangana e o convidado especial Rafael Bata que é cantor de Marrabenta. Nunes Joaquim Chichava é um jovem de humor leve que faz uma fusão de Marrabenta e outros ritmos moçambicanos, trazendo sons originais e conversas de músicas nacionais e estrangeiras.
(06 de Dezembro, às 18Hrs na Fundação Fernando Leite Couto)
O destaque para a acção de final de semana da Premier League é definitivamente o confronto entre o Manchester City e o Manchester United, no Etihad Stadium, no sábado à noite e os seguidores da DStv terão a oportunidade de se deliciar desta aliciante partida. Embora o United não seja mais um candidato potencial ao título, esse continua sendo um dos melhores jogos da Inglaterra e do mundo para se assistir.
A inimizade mútua entre os clubes remonta ao início de sua rivalidade no início da década de 1890 e abrange 180 partidas até o momento. Os Red Devils conquistaram 73 vitórias em comparação com 53 para os Citizens, enquanto 52 jogos sairam empatados.
A equipa de Guardiola completou o 'duplo' sobre o United na última temporada. O United parte parte moralizado para este jogo depois da vitória por 2-1 no confronto ao meio da semana com o Tottenham. O City vem de uma vitória for a por 1-4 sobre o Burnley, estando actualmente na 3ª posiçao atrás dos surpreendente Leicester City que segue emabalado na perseguição ao Liverpool.
As emoções deste tão aguardado jogo poderão ser vistas no canal Supersport Máximo 1, canal 641, nos pacotes DStv Grande+ e Bué e em Alta Definição.
Na La Liga, a partida interessante neste final de semana é o confronto de abertura na sexta-feira à noite, quando o Villarreal receber o Atlético de Madrid no Estádio da Cerâmica. Os Rojiblancos partem desesperados para quebrar o jejum de quatro empates consecutivos neste jogo contra o Submarino Amarelo.
No entanto, o Villarreal é uma equipa talentosa e imprevisível, mais do que capaz de perturbar os seus adversários da La Liga.
O destaque da Serie A é o jogo de abertura da jornada, já que o Internazionale recebe a Roma no San Siro, em Milão, na noite de sexta-feira, 06 de Dezembro. Antonio Conte fez um ótimo trabalho ao transformar os nerazzurri em candidatos ao título poucos meses após sua chegada, enquanto os atacantes Romelu Lukaku e Lautaro Martinez têm sido prolíficos na frente para impulsionar a impressionante exibição de sua equipe até agora.
Neste confronto de sexta-feira à noite, eles enfrenta ão uma equipe da Roma que se transformou numa das melhores equipas defensivas sob comando do técnico Paulo Fonseca, liderado pelo Chris Smalling, antigo defesa do Manchester United. O defesa inglês entrou bem com o Giallorossi tendo sido apelidado de 'Smaldini' e o clube da capital já está trabalhar para transformar o seu empréstimo numa transferência permanente.
O sector da saúde registou, entre 2018 e 2019, um total de 52.169 casos de violência doméstica, o que representa um aumento em 12% relativamente ao período anterior.
A informação foi partilhada, esta quinta-feira (05), pela Ministra da Saúde, Nazira Abdula, no âmbito da Reunião Nacional de Género e Resposta à Violência Baseada no Género, que decorreu na capital do país, sob lema “Melhorando a Integração de Género e Resposta à Violência rumo ao Acesso Universal à Saúde”.
Segundo Abdula, não são apenas os dados sobre violência doméstica que registaram aumento, mas também os da violência física, que saíram dos 18.305 registados, em 2018, para 20.839 reportados este ano, o que representa uma subida de 13,8% e a violência sexual registou um aumento de 4,7%.
Para estes resultados, justifica a Ministra, tem contribuído os prestadores de cuidados de saúde, visto que são o primeiro ponto de contacto dos sobreviventes/vítimas.
De acordo com a governante, o MISAU tem o desafio de criar condições para que as vítimas de violência encontrem serviços de qualidade no sector da saúde, de modo a prevenirem-se de doenças de transmissão sexual, gravidezes indesejadas, bem como condições de tratamento, tendo em conta o tipo de violência.
Por seu turno, a Representante da Organização Mundial da Saúde (OMS), Djamila Cabral, explicou que uma das consequências da desigualdade de género é a violência que a cada ano afecta 1,4 milhão de pessoas em todo o mundo.
Dados da OMS apontam ainda que 38% dos homicídios entre mulheres são cometidos por um parceiro íntimo ou um ex-parceiro e que uma em cada três mulheres é vítima de violência física ou sexual, assim como um quarto de todas as crianças são vítimas de violência física e 20% das raparigas são abusadas sexualmente.
Para Djamila Cabral, estes dados são assustadores, visto que a grande maioria destas violências são causadas pela diferença do poder entre os homens e as mulheres. (Marta Afonso)
O projeto de exploração de gás natural da Área 1 do Norte de Moçambique prevê adjudicar contratos avaliados em 2.500 milhões de dólares (2.200 milhões de euros) a empresas moçambicanas durante as obras de construção, anunciou fonte oficial.
"O projeto espera adjudicar contratos de cerca de 2.500 milhões de dólares a empresas de capitais moçambicanos ou registadas em Moçambique durante o período de construção de cinco anos", referiu o diretor-geral da petrolífera Total em Moçambique e do Projeto Mozambique LNG, Ronan Bescond, citado em comunicado.
A Total lidera o consórcio e o valor representa "mais de um terço" dos contratos a celebrar na infraestrutura em terra (excluindo aquela a instalar no mar), acrescentou.
A maior parte do remanescente "será aplicado em bens e serviços técnicos altamente especializados que atualmente não podem ser adquiridos em Moçambique", disse ainda Ronan Bescond.
A Total está a promover sessões de apresentação de oportunidades de negócio a empresários moçambicanos em conjunto com as suas principais subcontratadas para as obras dos megaprojetos.
Trata-se do consórcio CCS JV contratado para engenharia, aquisições e construção da instalação de gás natural liquefeito (LNG, na sigla em inglês) e as empresas IFS (gestão de acampamento), Garda World (serviços de segurança), Gabriel Couto (construção de estradas), I-SOS (serviços médicos) e Renco (construção de acampamento).
A Área 1 prevê iniciar em 2024 a produção de 12,88 milhões de toneladas por ano de LNG.
Um outro plano de desenvolvimento está aprovado para a Área 4 da bacia do Rovuma, cujo consórcio é liderado pelas petrolíferas Exxon Mobil e Eni, que deverão anunciar a decisão final de investimento em 2020. (Lusa)