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Redacção

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quinta-feira, 20 junho 2019 06:45

Banco de Moçambique reduz Taxas de Juro

Seis meses depois de o Banco de Moçambique (BMI) ter mantido a Taxa de Juro de Política Monetária, Taxa MIMO, nos 14,25 por cento, esta quarta-feira, o regulador do sistema financeiro moçambicano decidiu reduzi-la em 100 pontos bases, estando fixada, agora, nos 13,25 por cento.

 

A decisão foi tomada, esta quarta-feira (19), durante a reunião do Comité de Política Monetária (CPMO), a quarta neste ano, na qual os Administradores do Banco Central decidiram também baixar as taxas de Facilidade Permanente de Depósitos e de Facilidade Permanente de Cedência, igualmente em 100 pontos bases, para 10,25 por cento e 16,25 por cento, respectivamente. Entretanto, decidiram manter os coeficientes de Reservas Obrigatórias para os passivos em moeda nacional e estrangeira, em 14 por cento e 36 por cento, respectivamente.

 

De acordo com o comunicado do CPMO, enviado no final da tarde desta quarta-feira, a decisão de reduzir a Taxa MIMO deve-se à melhoria significativa nas projecções da inflação, para o médio prazo, consolidando, desta forma, o objectivo de estabilidade macroeconómica.

 

De acordo com o Banco de Moçambique, a inflação anual desacelerou pelo quarto mês consecutivo, tendo se situado em 2,42 por cento, em Maio último, contra 3,26 por cento de igual período de 2018.

 

“Esta desaceleração reflecte, em parte, os ganhos da manutenção de uma política monetária prudente, aliada à evolução favorável da taxa de câmbio do Metical face às moedas dos principais parceiros comerciais, à revisão em baixa dos preços dos combustíveis líquidos, em Abril último, e ao aumento da oferta de produtos agrícolas nacionais”, observa aquele órgão, dirigido por Rogério Zandamela.

 

Entretanto, anota, o órgão, que a actividade económica abrandou no primeiro trimestre de 2019, ao crescer 2,5 por cento contra 3,7 por cento de igual período de 2018, cenário que, nas suas perspectivas, se poderá manter no curto prazo.

 

Segundo o CPMO, a desaceleração, no trimestre, reflecte a contracção do ramo de electricidade e água e o abrandamento pronunciado do desempenho da indústria extractiva. Acrescenta ainda: “a recuperação pouco expressiva do indicador de clima económico, em Abril, indicia um refreamento do crescimento económico, no segundo trimestre de 2019”.

 

“Entretanto, para o médio prazo prevalece a expectativa de recuperação do PIB, estimulada sobretudo pelas actividades de reconstrução pós-desastres naturais e pelo impulso decorrente da materialização dos projectos de gás natural”, sublinha o órgão.

 

O documento refere ainda que o Metical, que no passado domingo completou 39 anos, regista ganhos nominais, tendo passado de uma cotação de 64,63 MZN/USD, no dia 24 de Abril, para 61,75 MZN/USD, no dia 18 de Junho, e de 4,60 MZN/ZAR para 4,18 MZN/ZAR.

 

Para o BM, este facto reflecte, em parte, a melhoria do défice da conta corrente, no primeiro trimestre de 2019, combinada com as medidas que vêm sendo tomadas pela instituição Banco de Moçambique, assim como assinalam-se expectativas dos agentes económicos de maiores influxos de moeda externa, não só no contexto da resposta internacional às necessidades de financiamento e à reconstrução pós-desastres naturais, como também da materialização dos projectos de gás natural.

 

Em relação ao crédito à economia, o CPMO revela que este continua a recuperar, mas de forma lenta. “O crédito bancário ao sector privado manteve a relativa tendência para recuperação, tendo registado uma expansão mensal de 0,7 por cento e anual de 1,0 por cento, em Abril de 2019, a reflectir o aumento da componente em moeda nacional”.

 

Relativamente à dívida pública interna, contraída com recurso a Bilhetes do Tesouro, Obrigações do Tesouro e adiantamentos do BM, o CPMO não apresenta novidades. Ou seja, continua a aumentar, tendo passado de 9.274 milhões de meticais, em Abril, para o saldo de 131.547 milhões de meticais. Sublinha, contudo, que os montantes não tomam em consideração outros valores de dívida pública interna, tais como contratos mútuos e de locação financeira, assim como responsabilidades em mora. (Carta)

A deputada e membro da Comissão Política da Frelimo, Ana Rita Sithole, defende que as mulheres devem estar unidas, no próximo dia 15 de Outubro, de modo a aumentar o número de mulheres nas posições de tomada de decisão, pois, na sua óptica, “queiramos ou não, a mulher é a chave do desenvolvimento da sociedade e é o factor de estabilidade em todas as organizações”.

 

A parlamentar falava esta quarta-feira (19 de Junho), durante o lançamento da Academia Política da Mulher, uma iniciativa do Instituto para a Democracia Multipartidária (IMD), que visa proporcionar um espaço para que a mulher tenha mais conhecimento sobre matérias ligadas à política, democracia, eleições, direitos humanos, de modo a participar activamente na política, não como eleitora, mas como candidata para cargos electivos.

 

Dirigindo-se aos presentes, em representação da Presidente da Assembleia da República, Ana Rita Sithole enalteceu a ideia, afirmando que a mesma vem numa altura em que se precisa de um instrumento capaz de conduzir a mulher e saber identificar aquilo que as une, como forma de ultrapassar as barreiras partidárias que cada uma representa.

 

“Esta é a única forma que elas têm para, junto dos seus partidos, fazerem advocacia interna para que estejam representadas a todos os níveis, quer político, administrativo, social ou religioso”, disse.

 

Por sua vez, Lourena Mazive, Gestora de Projectos do IMD, defendeu que a maior satisfação da organização seria, no fim do projecto, ter pelo menos seis mulheres como governadoras, dos 10 lugares existentes.

 

A fonte explicou que a Academia irá funcionar em módulos, em todo o país, num contexto regional, em que as mulheres que fazem parte dos partidos políticos, bem como aquelas que estejam interessadas em matérias políticas e que estão nas diversas províncias, se encontrem nas províncias de Nampula, Manica e Maputo. As aulas, por seu turno, iniciam dentro de 30 dias. (Marta Afonso)

Um membro da Renamo foi detido, pela Polícia, no passado dia 11 de Junho, no distrito de Inharrime, província de Inhambane, devido ao furto de uma arma de fogo de tipo AK-47, contendo 30 munições. De acordo com a PRM, no seu comunicado semanal sobre a situação operativa nacional de 08 a 14 de Junho, o furto ocorreu no Posto de Recenseamento Eleitoral, da Escola Primária do 2º Grau de Chamba, naquele distrito, onde o indivíduo, de nome V. A. Pacule era fiscal, em nome do maior partido da oposição. O furto ocorreu no passado dia 29 de Maio, penúltimo dia do Recenseamento Eleitoral.

 

Sem esclarecer em que circunstâncias ocorreu o furto e quem foi a vítima, o documento apenas informa que a arma foi recuperada.

 

A economista e antiga Primeira-Ministra, Luísa Diogo, desafiou, esta quarta-feira, os Estados Unidos da América (EUA) a darem o seu contributo para ajudar os países africanos a melhorar o ambiente de negócios, permitindo, assim, a injecção de mais capital para o desenvolvimento das suas economias.  

 

Diogo colocou este desafio, durante a abertura da Cimeira EUA-África, evento que decorre, na capital do país, até próxima sexta-feira (21 de Junho).

 

Novecentas e sessenta e três empresas moçambicanas, tidas como capazes e competentes nos seus ramos de actividades, foram identificadas para auxiliar nas obras de construção da plataforma de extracção e liquefacção de gás natural, na Área 1, da bacia do Rovuma, empreendimento a ser erguido nos próximos cinco anos.

 

O dado foi revelado, na última terça-feira (18), pelo Presidente da República, Filipe Nyusi, durante a cerimónia de assinatura e anúncio oficial da Decisão Final de Investimento (DFI) do projecto Gás Natural Liquefeito (GNL), das concessionárias da Área 1, lideradas pela Anadarko.

 

Segundo o Chefe de Estado, a identificação daquele número de empresários resultou dos seminários de oportunidades locais que a Anadarko e o Governo promoveram, no ano passado, no âmbito da inclusão, nos projectos de gás natural, do conteúdo local.

 

Se, por um lado, a maioria das empresas seleccionadas ainda não começou a trabalhar, Nyusi afirmou que as poucas que operam já consumiram mais de 36 por cento do valor despendido pela Anadarko e parceiros, nos últimos cinco anos.

 

Nyusi fez saber ainda que, para além de empresas, nos referidos seminários foi possível identificar-se mais dois mil moçambicanos com habilitações técnicas para ocuparem os cinco mil postos de emprego a serem criados no âmbito da construção da plataforma. Falando à margem da cerimónia, o presidente da Comissão do Conteúdo Local na Confederação das Associações Económicas (CTA), Florival Mucave, disse que 963 empresas moçambicanas é um número satisfatório, pois, há 10 anos, o país não tinha esse número de empresas certificadas para aquele negócio.

 

“Isto significa que existe uma capacidade nacional de participação, o que é muito louvável”, afirmou Mucave, tendo acrescentado que há mais empresas que estão a ser treinadas e certificadas para integrarem a lista. Contudo, para que o empresariado nacional aproveite efectivamente negócios no projecto da Anadarko e parceiros (e não só), a fonte defendeu a necessidade de haver mais formação, capacitação, bem como trabalho de qualidade.

 

O sector privado afirma que a Lei de Conteúdo Local seria o instrumento que permitiria maior inclusão dos empresários moçambicanos no negócio dos mega-projectos do sector extractivo. Mas a aprovação do seu projecto, que se debate há 11 anos, está a ser adiada há muito tempo, de tal modo que esta terça-feira (18) a Anadarko e parceiros tomaram o FID sem esse instrumento legal. (Evaristo Chilingue)

Depois de firmar uma parceria inteligente com a nossa ENH,  o Frontier Services Group (FSG), a firma administrada por Erik Prince, registou uma subsidiária com mandato para explorar minerais na República Democrática do Congo, entre outras actividades. A parceria em Moçambique continua de vento em popa, pelo menos nas intenções, a crer na forma efusiva como Omar Mithá, PCA da ENH, se referiu ao tema há pouco menos de dois meses, quando “Carta” perguntou se a intenção era mesmo para levar à sério.

 

quarta-feira, 19 junho 2019 15:10

Concerto Musical / O Rei do Rádio

O Rei do Rádio é um concerto musical liderado pelo cantor moçambicano Jesse Malunguissa interpretando Nélson Gonçalves, nome artístico de Antônio Gonçalves Sobral, que nasceu em Santana do Livramento, no Brasil em 21 de Junho de 1919 e foi um dos mais populares cantor e compositor brasileiros. No dia 21 de Junho de 2019, o artista brasileiro completaria 100 anos. Eis o motivo desta homenagem.

 

Sobral, é o segundo maior vendedor de discos da história do Brasil, com mais de 81 milhões de cópias vendidas, fica atrás apenas de Roberto Carlos, com mais de 120 milhões. Seu maior sucesso foi a canção "A Volta do Boêmio". Trata-se de um tributo com os seus maiores sucessos, que com certeza agradará o público moçambicano, a comunidade brasileira e estrangeira. Jesse Malunguissa é uma das melhores vozes actualmente em Maputo, reconhecido pelo público e pela crítica. Um toque especial se dará pela participação do actor brasileiro residente em Maputo, Expedito Araújo, que contará um pouco de factos marcantes da história deste grande nome do Brasil no dia em que se vivo, completaria 100 anos.

 

(21 de Junho, às 18:30Min no Centro Cultural Brasil-Moçambique)

quarta-feira, 19 junho 2019 15:08

Cinema / Mueda, Memória e Massacre

Estão convidados para uma conversa e exibição da primeira longa-metragem de Moçambique. O filme consiste numa reconstituição, numa mistura de estilos de documentário ficção do massacre de Mueda, um dos últimos episódios de luta contra a colonização portuguesa no país antes da eclosão da Guerra Colonial, em 1964. Convidados: Dr. António Hama Thai (Autor do livro “Liderança e Processos de Decisão em Samora Machel”, que é o resultado de um longo trabalho de pesquisa académica que conferiu a António Hama Thai, em 2016, o título de Doutor em Gestão e Administração de Empresas pela Commonwealth Open University”). Tenente General na Reserva das Forças Armadas.

 

(20 de Junho, às 17Hrs no Centro Cultural Moçambicano-Alemão)

quarta-feira, 19 junho 2019 12:59

Música / João Cabral

Guitarrista, compositor e produtor há mais de vinte e cinco anos, João Cabral aposta na inovação e criatividade pela música e pelas diversas formas de arte na paisagem africana. Com 17 anos de idade, tocava violão na igreja e atraído pelo rock passou a interpretar temas de Dire Straits, Pink Floyd e Santana, até passar a escutar George Benson e Earl Klugh. Apaixonou-se pelo jazz ao ouvir os álbuns “We Live Here” de Pat Metheny Group e “Rio Funky” de Lee Ritenoure e começar a estudar esse ritmo em 1995.

 

Autodidata, desde a tenra idade, João Cabral começou a tocar em público em 1997 em Maputo, até se mudar para Cidade do Cabo em 2003 para obter o Diploma de Pós-graduação em Música (Jazz Performance) em 2007. Já se apresentou em vários shows e festivais na África do Sul, Gana, Namíbia, Suazilândia, Moçambique, Tanzânia, Brasil, Estados Unidos, Malásia, Dinamarca, Suécia, Estônia e Lituânia. Também actuou como músico convidado com a Orquestra Internacional de Glomus, um projecto multi-cultural de alto nível de exigência. Cabral tem inúmeras composições originais dentro da tradição musical Afro-Jazz, combinando elementos tradicionais e modernos do jazz. O álbum “River of Dreams” esteve no Top 20 da World Music em 2010 na Europa e no Top 10 RDP - África de Portugal. Seu álbum ganhou o Top Instrumental Award, edição de 2010 do MMA (Mozambican Music Awards).

 

(20 de Junho, às 18Hrs na Fundação Fernando Leite Couto)

Discursando, esta terça-feira (18), momentos após testemunhar a assinatura do acordo da Decisão Final de Investimento (DFI), entre o Ministro dos Recursos Minerais e Energia, Max Tonela, e o Presidente da Anadarko, Al Walker, o Presidente da República, Filipe Nyusi, revelou que, com a produção e venda de Gás Natural Liquefeito (GNL), da bacia do Rovuma, província de Cabo Delgado, o Estado moçambicano prevê arrecadar 2.1 mil milhões de USD em receitas anuais, a partir de 2025.

 

Por forma a aproveitar os ganhos previstos, Nyusi defendeu, na ocasião, que as receitas sejam reinvestidas nos sectores mais prioritários, o caso da agricultura, concretamente no agro-processamento, turismo, infra-estruturas e saúde.

 

“Este é o caminho que permitirá às famílias rurais, a saírem de uma agricultura de subsistência para a de excedentes comerciais, o que requer mais e melhores infra-estruturas para escoar os seus mercados”, acrescentou o PR.

 

Contudo, para que efectivamente os ganhos da exploração do gás natural na Bacia do Rovuma possam alavancar o país, económica e socialmente, Nyusi garantiu também que o seu Governo tudo fará para permitir que os investidores trabalhem num ambiente de segurança e paz, naquela província que, neste momento, é placo de ataques protagonizados por homens armados.

 

Recorde-se que o Governo de Moçambique e os parceiros da Área 1, consórcio liderado pela petroquímica norte-americana Anadarko, assinaram, esta terça-feira, em Maputo, a DFI do Projecto de GNL, da bacia do Rovuma, província de Cabo Delgado, norte do país, num valor de 23 mil milhões de USD.

 

O valor será aplicado na construção da plataforma de perfuração do fundo do mar, extracção e liquefacção do gás natural. Este trabalho que levará cerca de cinco anos, culminará com o início da produção do GNL, que vai ser exportado, outro destinado a produção de electricidade, combustíveis líquidos e adubos de consumo interno.

 

O anúncio oficial do FID do consórcio da Anadarko na Área 1 da bacia do Rovuma, contou para além do Director e Presidente do Conselho Executivo da Anadarko, com a presença de seis representantes de outros parceiros do projecto, nomeadamente da empresa japonesa Mistui, a petrolífera estatal moçambicana ENH, da indiana ONGC, a Boas, a Bharat Petro Resources e da tailandesa PTTEP.

 

Testemunharam ainda a cerimónia, a Secretária-adjunta de Comércio dos Estados Unidos da América e alguns Chefes de Estados africanos, com destaque para o do Zimbabwe, Emmerson Mnangagwa e o Rei de eSwatine, Mswati III. (Evaristo Chilingue)