Os Profissionais de Saúde Unidos e Solidários de Moçambique (APSUSM) retomam, na próxima segunda-feira, a sua greve nacional, devendo durar um período de 30 dias prorrogáveis, pelo facto de, até agora, as negociações com o governo não terem produzido os efeitos desejados.
O anúncio foi feito esta quarta-feira (24) pela porta-voz da APSUSM, Rosana Zunguze. A retoma da greve deve-se ao incumprimento das várias promessas feitas pelo Executivo, entre as quais, o enquadramento dos profissionais de saúde e o pagamento de horas extras de parte dos funcionários e agentes da saúde.
Consta ainda das preocupações dos profissionais da saúde a incapacidade do governo na solução das crises vividas nos hospitais, tais como os recorrentes cortes de energia eléctrica, falta de comida para os pacientes, entre outros problemas.
Falando em conferência de imprensa, esta quarta-feira, a APSUSM disse que muita coisa não foi cumprida desde a última greve. “O que tem acontecido nos últimos dias é que, por exemplo, alguns hospitais ficam duas semanas ou mais sem corrente eléctrica ou água, e só depois do corte por parte dos fornecedores é que o problema é resolvido. Os pacientes ficam dias sem comida e os familiares é que devem suprir essa falta e ainda temos a situação da falta de combustível para ambulâncias”, disse a porta-voz da APSUSM, Rosana Zunguze.
A fonte referiu que a realização da greve é uma forma de pedir ajuda ou de pressão ao Governo para a busca de soluções. “Não é nossa vontade realizar greve, sempre que anunciamos a retoma da mesma, fazemos com muita dor, o que queremos é apenas ver todos os problemas da classe e dos pacientes resolvidos”, explicou. (M.A.)